Dialeto

Eu vim pra não perder
Eu vim pra não correr perigo
Eu vim pra não sair humilhado em prejuízo
Porque eu sei tem muita gente aqui que gosta disso
E eu recuso a sabedoria dos mais fracos
Porque na rua eu aprendi não tem lugar pra rato
Sobrevivendo e caindo com a cara no cimento
Sobrevivendo como se soubesse que não dá mais tempo
Tudo de bom pra quem não tem senso de humor
Do gueto ao Alfaville a morte é só mais um rumor

Então vive
Pra fazer da vida mais do que uma morte
Pra não dizer que tudo na sua vida é só sorte
Pra levantar e te fazer continuar
Porque quando você faz o certo o erro é superior

Na batida do hi-hat eu vou mandando pensamento
Alterando o raciocínio e evoluindo o dialeto
Muitas guerras pra tentar sentir um mundo mais completo
E quem espera porque na esperança sempre há algo
Não é suficiente como um pai e o seu álcool
Mundo cão, vacilão!
Ninguém olha mais pro céu
E eu acho que é porque não existe mais troféu
E pra mandar um recado da Amazônia
Eu quero mais é que se foda toda essa zona
Pra sufocar cada burguês que só reclama nessa porra
Enquanto o doutor viaja de iate no mar
Na favela o povo já ta vivendo sem ar
Nervos a flor da pele
E na pele da flor
Se alguém se importa com você
Um dia vai ter dor

Eu vejo o centro de uma voz misteriosa e condenada
Entre o mistério e o silêncio de um casulo abandonado

Então vive
Pra fazer da vida mais do que uma morte
Pra não dizer que tudo na sua vida é só sorte
Pra levantar e te fazer continuar
Porque quando você faz o certo o erro é superior (Vai)



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