Back In Bahia (Ao Vivo)

A sessão de rock 'n' roll ficou pro fim
Essa é uma música que eu gosto muito também
Ela é... eu não sei diz-...
Ela é assim, aquele abraço as avessas, né, Back In Bahia
E ela tem uma coisa tão... ela parece os cantadores, sei lá
Tem um espírito assim de o jeito dos cantadores do nordeste
Tanto que eu vou, eu vou forçar um pouco à
Porque no disco eu gravei ela bem rock 'n' roll com a banda e tal
Mas ela, originalmente, é assim: ela é bem... é mais cantiga de cantador mesmo
Então, vou cantar como eu fiz mesmo, eu cantava...
Eu me lembro que quando eu cheguei de Londres
Eu fiz logo uma viagem lá pro nordeste
Então, eu andava lá pelo interior de Pernambuco, Paraiba, tal
E eu chegava naquelas casas, assim, daquele pessoal
Procurando aqueles repentistas, aqueles cantadores
Aqueles cirandeiros, aqueles mestres de... de... banda de pífanos e tudo mais
Aí, eles cantavam, tocavam, eu cantava, quando eu tocava essa música eles gostavam
Sabe? Gostavam mesmo, achavam bonito, diziam: Que beleza, Gil!

Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui, ho-ho
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo
Nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair
Naquela fossa
Em que vi um camarada meu de Portobello cair

Naquela falta
De juízo que eu não tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência
De calor, de cor, de sal, de sol, de coração pra sentir
Tanta saudade
Preservada num velho baú de prata dentro de mim

Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar, ho-ho
Do luar que tanta falta me fazia junto com o mar
Mar da Bahia
Cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente
Do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do norte
Onde não sei se por sorte ou por castigo dei de parar

Por algum tempo
Que afinal passou depressa, como tudo tem de passar
Hoje eu me sinto
Como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo
De vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá

Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui...
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo
Nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair
Naquela falta de juízo que eu não tinha nem uma razão pra curtir

Naquela fossa
Em que vi um camarada meu de Portobello cair
Naquela ausência
De calor, de cor, de sal, de sol, de coração pra sentir
Tanta saudade
Preservada num velho baú de prata dentro de mim

Digo num baú de prata porque prata é luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto com o mar
Mar da Bahia
Cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente
Do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do norte
Onde não sei se por sorte ou por castigo dei de parar

Por algum tempo
Que afinal passou depressa, como tudo tem de passar
(Hoje) Hoje eu me sinto
Como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo
De vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá...