Bomba pra Caralho

Baseado em carne viva e fatos reais
É o sangue dos meus que escorre pelas marginais
E vocês fazem tão pouco mas falam demais
Fazem filhos iguais
Assim como seus pais
Tão normais e banais
Em processos mentais
Sem sistema digestivo lutam para manter vivo
Morto, vivo
Morto, vivo
Morto
Morto
Morto, viva

Bomba pra caralho, bala de borracha
Censura, fratura exposta, fatura da viatura
Que não atura pobre, preta, revoltada
Sem vergonha, sem justiça, tem medo de nós
Não suporto a ameaça dessa raça
Que pra sua desgraça
A gente acende, aponta, mata, cobra, arranca o pau

Tem fogo no rabo, passa, faz fumaça, faça chuca ou faça sol
É o ó, o ócio do comício em oficio
Que policia o comércio de lucros e loucos
Que aos poucos arranca o couro dos outros mais pretos que louros
Os mouros

Morenos, mulatos, pardos de papel
Passado, presente, futuro
Mais que perfeito
Em cima do muro
Em baixo de murro
No morro, na marra
Quem morre sou eu

Ou sou eu quem mata?
Quem mata, quem multa, quem mata sou eu
Ou sou eu quem mata?
Quem mata, quem multa, quem mata sou eu
Ou sou eu quem mata?



Credits
Writer(s): Linn Da Quebrada
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