Passando o Mango Na Morte - Ao Vivo

A morte é uma potra xucra
Que não se amansa no mais
Um dia o vivente cai
E vai pra dentro do chão

Pouco importa se é patrão
Capataz ou peão campeiro
A morte não tem parceiro
Nem faz grau de distinção

Nem por isso tenho medo
Vou quando chegar a hora
Se me enredar nas esporas
São os cavacos da lida

Quando o rodeio da vida
Enredar as esperanças
Então só serei lembranças
Porque me fui de partida

Não sou de fazer lamúria
Ficar chorando mazela
Aos tombos, me livro dela
Amadrinhado com a sorte

Arreglando meus arreios
Metendo bocal e freio
Faço da vida um floreio
Passando o mango na morte

Canta comigo, nosso Cardeal Missioneiro!
Deixa pra mim, companheiro!

Por isso, meu companheiro
Vou gambeteando a danada
A trotezito na estrada
Sem pensar na minha ida

A morte não tem saída
Vamos pelear e viver
Educar e aprender
Dando mais valor à vida

Vou pilchando o meu destino
De alegria e de prazer
Pois de que adianta sofrer
Pelas migalhas que herdamos?

Se na morte não levamos
Os nossos bens materiais
Só vão junto os ideais
E o amor que proporcionamos

Não sou de fazer lamúria
Ficar chorando mazela
Aos tombos, me livro dela
Amadrinhado com a sorte

Arreglando os meus arreios
Metendo bocal e freio
Faço da vida um floreio
Passando o mango na morte

Não sou de fazer lamúria
Ficar chorando mazela
Aos tombos, me livro dela
Amadrinhado com a sorte

Arreglando meus arreios
Metendo bocal e freio
Faço da vida um floreio
Passando o mango na morte



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