Memento Mori

A condição de amor é a supressão do eu
Eu me torno a referência de tudo
E as minhas vaidades são virtudes
Tudo é criativo e bom?
Orgulho de si não é autoestima
Repetindo mantras até se convencer
O inferno está cheio de pessoas
Que acham que merecem o céu
Enquanto a única certeza
Está nos quadros de Vanitas
Já sei que se para ser o homem escolher
Pudera ninguém o papel quisera do sofrer
E padecer, todos quiseram o de mandar
E reger sem se advertir
E sem ver que em ato tão singular
Aquilo é representar mesmo ao pensar que é viver
Como caíste do céu estrela da manhã
Filho da alva, como foste lançado por terra?
O olho não se sacia de ver
O ouvido não se farta de ouvir
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade
E os quadros continuam a gritar
"Memento Mori"
O que é nosso ser em si e em efeito
As próprias riquezas do espírito
Parecerão infrutíferas
Se forem desfrutadas por nós
Se não forem produzidas para vista
E aprovação alheia



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