Porto da Saudade

Faz tanto tempo, tempo é Rua Soledade
Leia saudade quando escrevo solidão
Quis o destino tortuoso dos ciganos
E as aventuras dos pneus de um caminhão

Que atravessava o riacho de salobro
Deixando marcas desenhadas pelo chão
O vento vinha e varria a minha volta

A ventania e o tempo não têm compaixão
A ventania e o tempo não têm compaixão

Ó mana deixa eu ir, ó mana eu vou só
Ó mana deixa eu ir pro sertão de Caicó
Ó mana deixa eu ir, ó mana eu vou só
Ó mana deixa eu ir pro sertão de Caicó

Faz tanto tempo, tempo é porto da saudade
Praias do Rio de Janeiro no verão
Quero o destino das águas dos oceanos
Me evaporando pra eu chover no riachão

Mergulharia no riacho de salobro
Lavando a culpa como se eu fosse cristão
O vento vinha e varria à minha volta

A ventania e o tempo não têm compaixão
A ventania e o tempo não têm compaixão

Ó mana deixa eu ir, ó mana eu vou só
Ó mana deixa eu ir pro sertão de Caicó
Ó mana deixa eu ir, ó mana eu vou só
Ó mana deixa eu ir pro sertão de Caicó



Credits
Writer(s): Alceu Valenca
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