Selvatica
Refaço! Rechaço!
Não lhe devemos nada
Não nos verás na escuridão como capacho
Nos temporais amargos
Dias penumbrosos anoitecidas
Não moverás do corpo um pelo
A tempestade é vencida.
Selváticas, por amor ensandecidas não as tocarão
Manadas apedrejantes
Selváticas, de vitórias surpreendentes munidas
Cavalgam amazonas delirantes.
Guerreira que bebe sangue
Arco e flecha do daomé
Viço de bicho, ebó de mangue
Jurema da favela
Óleo de palma pra ela
Alma na planta do axé.
O eclise perdurará
Acharas palha no agulheiro e transmutarás!
Perfurarás o mal seu e o alheio
E o enforcarás com o cipó da própria raiz segura
Costura de árvore nas alturas
Não espirrarás tua violência amanhecida
Tantas vezes na aprovação da multidão
Tua sanha virará só coração sem mais arranhão nem ferida
Choro trufado, pedregoso umedece
O olho arranhando refinando a vista embargada
Guerrilheira curda vitoriosa nas curvas das serras teimosas
Mulheres, conforme a espécie na gerra esbravejam a dor
Da terra em uivos lhe crescem pupilas ruivas, uvas bacantes
Semeadas, oliveiras palestinas suculentas
Avisam: Já não há quem possa!
Chifre de marfim nascem devagar a empurrar
Entremeando os cabelos
Afiam-se - dentes - pontas - de - diamantes
Estraçalhadores fulminantes de pecadoras maçãs.
Vãs as imagens delas conforme a sua
Semelhança bailarão lança e festança
Extirparão o sumo da memória criminosa
Refarão a história e a prosa de tuas eternas
Inquisições de fogueiras em beiras de abismos
baderneiras flamejantes ciganas a postos abafarão os berreiros
Constantes em fogosas rosas gigantes
Filhos meus, os seus e os nossos.
Selváticas, elas não necessitam seu elogio
Ela transgride sua orientação
Refeito o começo bíblico não ferirás nenhum corpo por ser
Feminino com faca, ou murro, ou graveto
Eu te prometo
Sedarás o mal, interceptarás no meio do caminho o espeto
Super heróis de duas vítimas estancadas
Agora és delas a espada e não o algoz.
Selvática, ela come a selva de fora
Ela vem da selva de dentro!
Selvática, ela pare a própria hora
Ela vale em pensamento!
E no final ideal não terás domínio sobre mulher alguma!
No final ideal não terás domínio sobre mulher alguma!
Não lhe devemos nada
Não nos verás na escuridão como capacho
Nos temporais amargos
Dias penumbrosos anoitecidas
Não moverás do corpo um pelo
A tempestade é vencida.
Selváticas, por amor ensandecidas não as tocarão
Manadas apedrejantes
Selváticas, de vitórias surpreendentes munidas
Cavalgam amazonas delirantes.
Guerreira que bebe sangue
Arco e flecha do daomé
Viço de bicho, ebó de mangue
Jurema da favela
Óleo de palma pra ela
Alma na planta do axé.
O eclise perdurará
Acharas palha no agulheiro e transmutarás!
Perfurarás o mal seu e o alheio
E o enforcarás com o cipó da própria raiz segura
Costura de árvore nas alturas
Não espirrarás tua violência amanhecida
Tantas vezes na aprovação da multidão
Tua sanha virará só coração sem mais arranhão nem ferida
Choro trufado, pedregoso umedece
O olho arranhando refinando a vista embargada
Guerrilheira curda vitoriosa nas curvas das serras teimosas
Mulheres, conforme a espécie na gerra esbravejam a dor
Da terra em uivos lhe crescem pupilas ruivas, uvas bacantes
Semeadas, oliveiras palestinas suculentas
Avisam: Já não há quem possa!
Chifre de marfim nascem devagar a empurrar
Entremeando os cabelos
Afiam-se - dentes - pontas - de - diamantes
Estraçalhadores fulminantes de pecadoras maçãs.
Vãs as imagens delas conforme a sua
Semelhança bailarão lança e festança
Extirparão o sumo da memória criminosa
Refarão a história e a prosa de tuas eternas
Inquisições de fogueiras em beiras de abismos
baderneiras flamejantes ciganas a postos abafarão os berreiros
Constantes em fogosas rosas gigantes
Filhos meus, os seus e os nossos.
Selváticas, elas não necessitam seu elogio
Ela transgride sua orientação
Refeito o começo bíblico não ferirás nenhum corpo por ser
Feminino com faca, ou murro, ou graveto
Eu te prometo
Sedarás o mal, interceptarás no meio do caminho o espeto
Super heróis de duas vítimas estancadas
Agora és delas a espada e não o algoz.
Selvática, ela come a selva de fora
Ela vem da selva de dentro!
Selvática, ela pare a própria hora
Ela vale em pensamento!
E no final ideal não terás domínio sobre mulher alguma!
No final ideal não terás domínio sobre mulher alguma!
Credits
Writer(s): Camilo Gomez, Andres Felipe Pelaez
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