Canção Noturna (Ao Vivo)

Misterioso luar de fronteira
Derramando no espinhaço quase um mar
Clareando a aduana
Venezuela, ¿dónde estás? (Vai!)

Não sei por que nessas esquinas
Eu vejo o seu olhar

Minha camisa estampada com o rosto de Elvis
A minha guitarra é minha razão
Minha sorte anunciada
Misteriosamente a lua sobre nada

Vamo lá!

Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar

Espalhe por aí
Boatos de que eu ficarei aqui
Espalhe por aí
Boatos de que eu ficarei aqui

Vem, mamacita, doida e meiga
Sempre o âmago dos fatos
Minha guerra e as flores do cactos
Poema, cinema, trincheira (de levinho)

Não sei por que (nessas esquinas)
(Vejo seu olhar)

Um cego na fronteira, filósofo da zona
Me disse que era um dervixe, eu disse pra ele
Camarada, eu acredito em tanta coisa
Que não vale nada

Então, venha cá!

Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar

Espalhe por aí
Boatos de que eu ficarei aqui
Espalhe por aí
Boatos de que eu ficarei aqui

Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar

Velejando, viajando, sol quarando
Meu querer, meu dever, meu devir
E eu aqui a comer poeira
Que o sol deixará

Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar

Só que tá, enfim, tudo perfeito
Mas tá faltando uma dosezinha de
Rock and roll



Credits
Writer(s): Marco Aurelio Moreira Zanetti, Francisco Eduardo Fagundes Amaral
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