O Surdo

Amigo, que ironia desta vida
Você chora na avenida
Pró meu povo se alegrar
Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói
Mas você me entende e diz que pancada de amor não dói

Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói
Mas você me entende e diz que pancada de amor não dói

Meu surdo parece absurdo mas você me escuta
Bem mais que os amigos lá do bar
Não deixa que a dor mais lhe machuque
Pois pelo seu batuque eu dou fim ao meu pranto e começo a cantar
Meu surdo bato forte no seu couro
Só escuto este teu choro
Que os aplausos vêm pra consolar

Amigo, que ironia desta vida
Você chora na avenida
Pró meu povo se alegrar
Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói
Mas você me entende e diz que pancada de amor não dói

Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói
Mas você me entende e diz que pancada de amor não dói

Meu surdo, velho amigo e companheiro
Da avenida e de terreiro,
De rodas de samba e de solidão
Não deixe que eu vencido de cansaço
Me descuide desse abraço
E desfaça o compasso do passo do meu coração

Amigo, que ironia desta vida
Você chora na avenida
Pró meu povo se alegrar
Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói
Mas você me entende e diz que pancada de amor não dói

Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói
Mas você me entende e diz que pancada de amor não dói

Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor me destrói



Credits
Writer(s): Ivan Miguel Conti Maranhao
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