Formiga Miuda / Shopping Samba

(Meu convidado especial, Wilson Moreira)
(Canta um samba aí meu cumpadi)
(É isso aí meu irmão, obrigado pelo convite)
(Vamos cantar juntos?)
(Vamos sim!)

Lua que não muda, não muda maré
Você não se iluda
Formiga miúda não morde o meu pé

(Ih, vai!)

Êta samba feito pra dizer verdade
Quem tiver vontade basta abrir o peito
Mas quem tem defeito que se cale agora
Ou que dê um jeito de ficar de fora
Por quê?

Se a dor da queixa fica sem resposta
A roda fecha mal a gente encosta
E quando abre, deixa a ferida exposta
E quando abre, deixa a ferida exposta

(Vai!)

Lua que não muda, não muda maré
Você não se iluda
Formiga miúda não morde o meu pé

Êta samba rude pra cantar na praça
Entre uma atitude e outra cachaça
Quem tiver virtude que puxe o refrão
Antes que ele mude de opinião
Por quê?

(vai!)

A mão que afaga não afoga o trauma
E só se apaga uma dor da alma
Quando o samba esmaga a palma contra a palma
Quando o samba esmaga a palma contra a palma

(Wilson Moreira, tá cheio de enganador por aí)
(Conta essa história aí!)
(Zeca pagodinho! Tô chegando meu irmão!)

Vou te contar, rapaz
Tem malandro enrolando demais
No shopping samba o barato tá no cartaz
No shopping samba o barato tá no cartaz

Mocotó, mocotó sem tornozelo
Sacolé fora do gelo
Feijoada de sagu

Agrião de talo grosso
Carne-seca de pescoço
Nessa todo mundo vem

É melaço de urutu
Não vai sobrar nada pra ninguém

(Vou te contar)

Vou te contar, rapaz
Tem malandro enrolando demais
No shopping samba o barato está no cartaz
No shopping samba o barato está no cartaz

Afoxé, afoxé da Argentina
Rock and roll da Cochinchina
Rumba de Waterloo

Boi bumbá de Nova York
Foxtrote do Oiapoque
Nessa todo mundo vem

É pagode de Seul (ih!)
Não vai sobrar nada pra ninguém

(Vou te contar)

Vou te contar, rapaz
Tem malandro enrolando demais
No shopping samba o barato está no cartaz
No shopping samba o barato está no cartaz

(Vou te contar)

Vou te contar, rapaz