Caverna

Olho, osso
Desde sempre estático
Presos contra o pórtico
Público enigmático

E ao voltar à gruta, julgado louco
O homem posto burro talvez desista um pouco
Enquanto lambe as feridas não perde a esperança
Mas, mudado o homem, muda-se a confiança

Triste sorte! O único
Solto desta gruta vê
Que até então não viu mais do que
Fantasmas e o novo mundo parece-lhe miragem

E ao voltar à gruta, julgado louco
O homem posto burro talvez desista um pouco
Enquanto lambe as feridas não perde a esperança
Mas, mudado o homem, muda-se a confiança

São precisos mil anos para cegos olhos se habituarem à nova luz

E ao voltar à gruta, julgado louco
O homem posto burro talvez desista um pouco
Enquanto lambe as feridas não perde a esperança
Mas mudado o homem



Credits
Writer(s): Sofia Fernandes
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