Marítmo
O frio que te deu, amor
Eu mesmo que assoprei
Dos mares que cruzei, amor
Eu trago vento e Deus
Eu trago a chuva forte, amor
Nos pulmões carregados
E nos olhos tão cansados, amor
Vigio o eterno Norte
Trago a chuva,
Vento e Deus.
Minha vela não tem pavio
São mil fios costurados
E no alto só há pecados
E não luz lambendo o fio
Minha vela bebe os ventos
E não tem medo de apagadas
Só das chuvas amargadas
E de braços desatentos
Minha vela não clareia
Nem perdoa quem a queima
Só sentencia com quem teima
Aos infernos e às sereias
Minha vela não tem santos
Só fodidos e pernetas
Só esquálidos capetas
Cujas rezas são os prantos
Minha vela não vai ao peito
De pobrinhos falecidos
Mas é ela quem leva os desvalidos
Homens ao eterno leito
Não é com ela que se enterra
Vidas alheias em valas fundas
São nossas vidas moribundas
Que ela com as próprias mãos encerra...
As mãos que agora tocas, amor
Beijavam cordas brutas
E não sei se escutas, amor
O odor que delas brota
O peito em que descansas, amor
Era todo de ferrugem
E ainda hoje ruge, amor
O sal de muitas rotas
Trago os olhos salgados
De um mar velho e arredio
E trago no peito tardio
Demônios e tornados
O copo entornado
Gemia seus balidos
E eu com os olhos menos garridos
Orava ao vento e Deus
Eu mesmo que assoprei
Dos mares que cruzei, amor
Eu trago vento e Deus
Eu trago a chuva forte, amor
Nos pulmões carregados
E nos olhos tão cansados, amor
Vigio o eterno Norte
Trago a chuva,
Vento e Deus.
Minha vela não tem pavio
São mil fios costurados
E no alto só há pecados
E não luz lambendo o fio
Minha vela bebe os ventos
E não tem medo de apagadas
Só das chuvas amargadas
E de braços desatentos
Minha vela não clareia
Nem perdoa quem a queima
Só sentencia com quem teima
Aos infernos e às sereias
Minha vela não tem santos
Só fodidos e pernetas
Só esquálidos capetas
Cujas rezas são os prantos
Minha vela não vai ao peito
De pobrinhos falecidos
Mas é ela quem leva os desvalidos
Homens ao eterno leito
Não é com ela que se enterra
Vidas alheias em valas fundas
São nossas vidas moribundas
Que ela com as próprias mãos encerra...
As mãos que agora tocas, amor
Beijavam cordas brutas
E não sei se escutas, amor
O odor que delas brota
O peito em que descansas, amor
Era todo de ferrugem
E ainda hoje ruge, amor
O sal de muitas rotas
Trago os olhos salgados
De um mar velho e arredio
E trago no peito tardio
Demônios e tornados
O copo entornado
Gemia seus balidos
E eu com os olhos menos garridos
Orava ao vento e Deus
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