Vitrines

Vitrines lotadas, estoques vazios
Pessoas vazias lotadas de views
Repórteres e balas em busca de um furo
A paz foi roubada e não tinha seguro

A trégua é uma falsa me engana que eu gosto
Tragédia dá like me fala que eu posto
A vida é um selfie, ou ela é um sopro?
Pra uns é um saco, pra outros um soco

Até o diabo tio abriu perfil no facebook
Publica sem stop se matem em caps lock
E quantas madalenas, quantas já apedrejamos?
Quantos filho de carpinteiro nós crucificamos?

Praticamos forte um esporte: Individualismo

Aqui se pá só o transporte ainda é coletivo
Uma linha, tão fina que divide ou aproxima
E a gente faz virar uma muralha da china

Vejo o mau tempo que se forma
Um temporal cruel brutal já cai lá fora
E aqui dentro a esperança chama, a esperança clama
Inflama o peito que arde e chora

O sol virá eu sei, o sol demora
O espelho de narciso só reflete a luz da hora
Mas creio no futuro, além do tempo escuro
A poesia reza presa na garganta agora

Mendigos ao relento e anúncios de apartamento
Aviões jogam bombas, depois mantimentos
Doença vende remédio, violência segurança
Guerra vende arma, paz vende mais roupa branca

Cidade, sem mobilidade urbana, semana insana
Mais tempo dormindo no buso que na própria cama
A violência grita e deixa a gente mudo
O silêncio fala mais alto do que tudo

Vamos ver o sol depois da tempestade
Vamos lá me dá sua mão
A vida por um triz nos trilhos da cidade
Vem ouvir, minha canção

Vejo o mau tempo que se forma
Um temporal cruel brutal já cai lá fora
E aqui dentro a esperança chama, a esperança clama
Inflama o peito que arde e chora

O sol virá eu sei, o sol demora
O espelho de narciso só reflete a luz da hora
Mas creio no futuro, além do tempo escuro
A poesia reza presa na garganta agora

Vejo o mau tempo que se forma
Um temporal cruel brutal já cai lá fora
E aqui dentro a esperança chama, a esperança clama
Inflama o peito que arde e chora

O sol virá eu sei, o sol demora
O espelho de narciso só reflete a luz da hora
Mas creio no futuro, além do tempo escuro
A poesia reza presa na garganta agora

A gente é que nem os metais, tá ligado?
Uns são suave, outros pesa, uns são comuns, outros raros
Mas tem um que é zika: tungstênio
Duro e pesado como a realidade



Credits
Writer(s): Jose De Ribamar Coelho Santos, Renan Lelis Gomes, Eduardo Dos Santos Balbino
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