Cancioneiro das Coxilhas

Quando eu saio a cavalo
Montando no meu baio
Cortando as coxilhas
Eu não acho atrapalho
Com a gaita na garupa
Pois eu a sempre tenho
Vou dizendo que saio
Só não sei é quando eu venho

Atravesso as canhadas
Só na marcha troteada
E numa boa sombra
Pois eu faço a sesteada
Eu abro a minha gaita
E dou uma cantada
De coxilha em coxilha
Só se ouve a toada

E quando é de tardinha
Que o sol já vai entrando
Na casa de um fazendeiro
Eu vou me aproximando
Com licença moçada
De longe eu vou gritando
É o cancioneiro das coxilhas
Que aqui já vai chegando

E quando os galos cantam
No romper da madrugada
Lidando na mangueira
Junto com a peonada
Tomando um bom amargo
No baio eu jogo a encilha
E alegre se despede
O cancioneiro das coxilhas



Credits
Writer(s): Adelar Bertussi Siqueira, Honeyde Bertussi Siqueira
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