Ponteiros
Se a vida não me abrir as portas, eu viro chaveiro
E se essa não for minha hora, eu altero os ponteiros
E se a mina não vai me dar bola, eu viro artilheiro
E se o Sol não nasce pra todos, eu acordo mais cedo
Purgatório da beleza e do caos
Ando com a cabeça quente, calor quarenta graus
Crimes e lindas bundas, tudo bem natural
Esse é o pique do RJ, segue tudo normal
Batendo sempre minhas rimas com a caixa
Cê nunca vai me ver cansado
Eu ando sempre com o relógio adiantado
Então, chapa, cê nunca vai me ver atrasado
Como eu disse, a pior droga é ter a cabeça fraca
Melhor remédio é tu saber onde limite marca
Melhor tu não se contundir ou vai parar na maca
Tem muito jogo pela frente, da próxima etapa
Tipo ter vários inimigos, uma bala só
Cê consegue derrubar um, nunca vai dar conta
Tipo ter vários inimigos, uma bala só
Cê dá um tiro na cabeça, morre com a sua honra
Alguns manos presos vendendo gramas
Na cadeia aprendendo a vender quilos
Meus manos cortejando algumas damas
A noite sempre te oferece alguns perigos
Na cela com trinta manos, vive num cotidiano
Convivendo num espaço pequeno pra quinze
Ele que só pegou três anos, ainda por engano
Aprendeu com o professor que pegou vinte
Se a vida não me abrir as portas, eu viro chaveiro
E se essa não for minha hora, eu altero os ponteiros
E se a mina não vai me dar bola, eu viro artilheiro
E se o Sol não nasce pra todos, eu acordo mais cedo
Me disseram que eu não faço arte
Me disseram que eu não faço rap
Me disseram que perder ainda faz parte
Tá bom, isso é historinha pra moleque
Velha escola, novas merdas
Eles rimam bem, nada me acerta
Dinheiro é meta, pra alguns é mato
Pra outros matar, o bagulho é fácil
Se eu precisasse, era um passe
Pois sei que eu posso e nada me impede
Todos conseguem, não éfazer prece
Desde moleque, é só fazer negócio
Eu sei que os erros do passado nunca mais apaga
Tava cansado de ficar contando migalha
Mó tempão, mano Bolin, pra soltar pedrada
Eu escrevendo nesse beat, a dívida tá paga
Bem-vindo a selva tipo Rambo, câmbio
Se não fica esperto, vai ser tombo
E sete bala tá no tambor, mano
Quem bater de frente, sabe, tombou
Seu pensamento é muito raso, manso
Por isso que seu trampo nunca avançou
Cortando igual Hattori Hanzō, penso
Rimando pra caralho, eu não me canso
Se a vida não me abrir as portas, eu viro chaveiro
E se essa não for minha hora, eu altero os ponteiros
E se a mina não vai me dar bola, eu viro artilheiro
E se o Sol não nasce pra todos, eu acordo mais cedo
E se essa não for minha hora, eu altero os ponteiros
E se a mina não vai me dar bola, eu viro artilheiro
E se o Sol não nasce pra todos, eu acordo mais cedo
Purgatório da beleza e do caos
Ando com a cabeça quente, calor quarenta graus
Crimes e lindas bundas, tudo bem natural
Esse é o pique do RJ, segue tudo normal
Batendo sempre minhas rimas com a caixa
Cê nunca vai me ver cansado
Eu ando sempre com o relógio adiantado
Então, chapa, cê nunca vai me ver atrasado
Como eu disse, a pior droga é ter a cabeça fraca
Melhor remédio é tu saber onde limite marca
Melhor tu não se contundir ou vai parar na maca
Tem muito jogo pela frente, da próxima etapa
Tipo ter vários inimigos, uma bala só
Cê consegue derrubar um, nunca vai dar conta
Tipo ter vários inimigos, uma bala só
Cê dá um tiro na cabeça, morre com a sua honra
Alguns manos presos vendendo gramas
Na cadeia aprendendo a vender quilos
Meus manos cortejando algumas damas
A noite sempre te oferece alguns perigos
Na cela com trinta manos, vive num cotidiano
Convivendo num espaço pequeno pra quinze
Ele que só pegou três anos, ainda por engano
Aprendeu com o professor que pegou vinte
Se a vida não me abrir as portas, eu viro chaveiro
E se essa não for minha hora, eu altero os ponteiros
E se a mina não vai me dar bola, eu viro artilheiro
E se o Sol não nasce pra todos, eu acordo mais cedo
Me disseram que eu não faço arte
Me disseram que eu não faço rap
Me disseram que perder ainda faz parte
Tá bom, isso é historinha pra moleque
Velha escola, novas merdas
Eles rimam bem, nada me acerta
Dinheiro é meta, pra alguns é mato
Pra outros matar, o bagulho é fácil
Se eu precisasse, era um passe
Pois sei que eu posso e nada me impede
Todos conseguem, não éfazer prece
Desde moleque, é só fazer negócio
Eu sei que os erros do passado nunca mais apaga
Tava cansado de ficar contando migalha
Mó tempão, mano Bolin, pra soltar pedrada
Eu escrevendo nesse beat, a dívida tá paga
Bem-vindo a selva tipo Rambo, câmbio
Se não fica esperto, vai ser tombo
E sete bala tá no tambor, mano
Quem bater de frente, sabe, tombou
Seu pensamento é muito raso, manso
Por isso que seu trampo nunca avançou
Cortando igual Hattori Hanzō, penso
Rimando pra caralho, eu não me canso
Se a vida não me abrir as portas, eu viro chaveiro
E se essa não for minha hora, eu altero os ponteiros
E se a mina não vai me dar bola, eu viro artilheiro
E se o Sol não nasce pra todos, eu acordo mais cedo
Credits
Writer(s): Gustavo Neves Mesquita Reis, Pedro Victor Carmignolli Saraceni
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