O Gato de Botas
Filipe, um bom rapaz
Está cantando à sombra de uma árvore
Mas o seu gatinho de nome Malhado
Vendo-o tão triste, disse
Não se lamente, meu amo
Dê-me um saco e um par de botas
E verá que não há de ser tão infeliz como pensa
Filipe concordou
Tirou suas botas, calçou-as no gato
E pendurou-lhe um saco no pescoço
Logo que se viu atendido
O gato dirigiu-se para um campo
Onde havia muitos coelhos
Ah! Aqui serve!
Vou me deitar fingindo que estou morto
Dentro do saco está um pedaço de pão
Que algum coelhinho há de querer comer
Logo que ele entre, zás! O bicho fica preso
Zás! Eu não disse? Cacei um coelho
Agora vou rumar para o palácio do rei
E pedir uma audiência
Permita-me, Vossa Majestade
Oferecer-lhe este coelho que meu amo
O muito ilustre senhor marquês de Carabá
Me encarregou de trazer
Oh, muito obrigado!
Queira apresentar os agradecimentos do rei
Ao seu gentil amo
Malhado durante três meses
Continuou a caçar daquele modo
Ora coelhos, ora lebres e perdizes
Levava-os para o sustento de Filipe
E de vez em quando ia oferecê-los ao rei
Sempre em nome do marquês de Carabá
E assim, esse nome ficou sendo conhecido na corte
Um dia, quando o gato foi levar outro presente ao rei
Oh, majestade, que é isso?
Vejo a tristeza em seus olhos
Que pode fazer este seu modesto gato
Para restituir-lhe a alegria?
O malvado gigante que domina estas regiões
Vira buscar minha única filha amanhã
Para servir de criada dele
Ah, e eu que pretendia casar minha filha
Com um distinto cavalheiro
Um nobre como o marquês de Carabá, por exemplo
Vossa Majestade promete que casará a linda princesa
Com meu amo se o gigante for destruído?
Dou-lhe a minha palavra de rei
Majestade, o gigante será derrotado!
Quem está aí?
Entre!
Um gato de botas, que queres aqui?
Gigante, eu sei que você é poderoso
Mas me disseram uma coisa, que eu não acreditei
Que foi que te disseram que não acreditaste?
Disseram que você tem a habilidade de se transformar
Naquilo que quiser
Num leão, por exemplo
É verdade?
Ora és muito bobo, mas veja
Oh!
Viste? E ainda duvidas?
Ora, também não é de admirar
Porque o leão é um animal grande e você é um gigante
Eu duvido é que se transforme num bicho pequeno
És atrevido, hein?
Espera que daqui a pouco tu vás é pro prato
Anda, diz
Em que bicho queres que eu me transforme?
Num ratinho!
Sabem o que aconteceu, meus amiguinhos?
Mal o homenzarrão se transformou num ratinho
Malhado comeu-o inteirinho
E assim, desapareceu o gigante
O rei, cumpriu sua palavra
Casando sua filha com o jovem Filipe
O marquês de Carabá
E Malhado nunca mais precisou comer ratos
Está cantando à sombra de uma árvore
Mas o seu gatinho de nome Malhado
Vendo-o tão triste, disse
Não se lamente, meu amo
Dê-me um saco e um par de botas
E verá que não há de ser tão infeliz como pensa
Filipe concordou
Tirou suas botas, calçou-as no gato
E pendurou-lhe um saco no pescoço
Logo que se viu atendido
O gato dirigiu-se para um campo
Onde havia muitos coelhos
Ah! Aqui serve!
Vou me deitar fingindo que estou morto
Dentro do saco está um pedaço de pão
Que algum coelhinho há de querer comer
Logo que ele entre, zás! O bicho fica preso
Zás! Eu não disse? Cacei um coelho
Agora vou rumar para o palácio do rei
E pedir uma audiência
Permita-me, Vossa Majestade
Oferecer-lhe este coelho que meu amo
O muito ilustre senhor marquês de Carabá
Me encarregou de trazer
Oh, muito obrigado!
Queira apresentar os agradecimentos do rei
Ao seu gentil amo
Malhado durante três meses
Continuou a caçar daquele modo
Ora coelhos, ora lebres e perdizes
Levava-os para o sustento de Filipe
E de vez em quando ia oferecê-los ao rei
Sempre em nome do marquês de Carabá
E assim, esse nome ficou sendo conhecido na corte
Um dia, quando o gato foi levar outro presente ao rei
Oh, majestade, que é isso?
Vejo a tristeza em seus olhos
Que pode fazer este seu modesto gato
Para restituir-lhe a alegria?
O malvado gigante que domina estas regiões
Vira buscar minha única filha amanhã
Para servir de criada dele
Ah, e eu que pretendia casar minha filha
Com um distinto cavalheiro
Um nobre como o marquês de Carabá, por exemplo
Vossa Majestade promete que casará a linda princesa
Com meu amo se o gigante for destruído?
Dou-lhe a minha palavra de rei
Majestade, o gigante será derrotado!
Quem está aí?
Entre!
Um gato de botas, que queres aqui?
Gigante, eu sei que você é poderoso
Mas me disseram uma coisa, que eu não acreditei
Que foi que te disseram que não acreditaste?
Disseram que você tem a habilidade de se transformar
Naquilo que quiser
Num leão, por exemplo
É verdade?
Ora és muito bobo, mas veja
Oh!
Viste? E ainda duvidas?
Ora, também não é de admirar
Porque o leão é um animal grande e você é um gigante
Eu duvido é que se transforme num bicho pequeno
És atrevido, hein?
Espera que daqui a pouco tu vás é pro prato
Anda, diz
Em que bicho queres que eu me transforme?
Num ratinho!
Sabem o que aconteceu, meus amiguinhos?
Mal o homenzarrão se transformou num ratinho
Malhado comeu-o inteirinho
E assim, desapareceu o gigante
O rei, cumpriu sua palavra
Casando sua filha com o jovem Filipe
O marquês de Carabá
E Malhado nunca mais precisou comer ratos
Credits
Writer(s): Augusto Mesquita
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