Ladrão de Lágrimas

Mãos na cabeça é um assalto
Roubando lágrimas, voando alto
Esse tom já é tão clichê mas me seduz
Que o Aladdin fez esse beat
E disse que esse é type duzz

O silêncio desse cômodo tem me falado
Coisas que ninguém havia dito
E eu nunca me sinto cômodo
Por isso sempre minha mente é uma zona de conflito
Castelando fragmentos enquanto jogo castle vania
Dividindo sentimentos com um diabo da Tasmânia

Batendo tazzos, sonhos tão razos
A vida sempre foi acasos por acasos
Encontro rosas, mas eu sou um cravo
Tipo dual core, com tanto gráfico assim eu travo
Mas um cravo, sou chato, não bravo
Roubando lágrimas, minha alma eu lavo
Tipo designer, minha arte eu trago
Ao invés de panda, minha demanda
Me pede um monstro do lago

Tô com a cabeça tão cheia de merda hoje
Nem essa mina de quatro na minha cama ia distrair
Mas uma merda que eu digo hoje
Porque só de pensar eu me distrai

De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa?

É o fogo que tem apagado o calor
É o jogo que tem amargado o sabor
Palmas pras mentiras que eles canta
Que eles acredita, que o povo se encanta
Vende-se Dolly na embalagem de Fanta
É o diabo desfarçado que inicia a guerra santa
A mente abre quando o peito tranca
Fiquei doente procurando pela pompa branca

Estanca o que sangra
Depois você seca o sangue
Os que não tava comigo lá no prensado
Não vão tá no skunk e blunt
É visão de instante
Efeito constante
Nada é o bastante
Tudo é desgastante
Ninguém comemorando minha angústia
Porque sempre eu tô enganando no semblante

Não é questão de lifestyle
Tô vivendo intensamente frame a frame
Virei o poeta predileto do meu pai
Que se foda o rap game
Só sei dos meus sorrisos
Só sei das minhas mágoas
Só eu sei que em madrugadas de insônia
Solitário os meus olhos imitaram Nicarágua

A minha vida tem sido um inferno
É por isso que adorei sua frieza
Pelo menos hoje acordei feliz
Porque ontem eu fodi com a minha tristeza
Não ligo pro que eles falam
Também sou de carne e osso
E o primeiro passo
Pra minha vitória
Foi aquele que eu dei no fundo do poço

De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?

De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?
De quem é a culpa, se ela não é minha?



Credits
Writer(s): Andre Pontes Mafra De Almeida, Guilherme Tomaz Pires, Peterson Luiz De Paula Campelo, Eduardo Da Silva
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