Veterano - Ao Vivo

Chora com o meu cavaco!

Está findando o meu tempo
A tarde encerra mais cedo
Meu mundo ficou pequeno
E eu sou menor do que penso

O bagual tá mais ligero
O braço fraqueja às vezes
Demoro mais do que quero
Mas alço a perna sem medo

Encilho o cavalo manso
Mas boto o laço nos tentos
Se a força falta no braço
Na coragem me sustento

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Nas manhãs de primavera
Quando vou para rodeio
Sou um menino de alma leve
Voando sobre os pelegos

Cavalo do meu potreiro
Mete a cabeça no freio
Encilho no parapeito
Mas não ato e nem maneio

Se desencilho o pelego
Cai no banco donde me sento
Água quente e erva buena
Para matear em silêncio

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Vamo comigo louco véio'

Neste fogo onde me aquento
Remoo as coisas que penso
Repasso o que tenho feito
Para ver o que mereço

Quando chegar meu inverno
Que me vem branqueando o cerro
Vão me encontrar venta aberta
De coração estreleiro

Mui carregados de sonho
Que habitam o meu peito
E que irão morar comigo
No meu novo paradeiro

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim no más

Sou bagual que não se entrega
Assim no más
Eita, 'brigadão



Credits
Writer(s): Dieter Moebius, Hans Joachim Roedelius, Michael Rother
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