Casa de Papelão

Olhos nos olhos
Sem dar sermão
Nada na boca
E no coração

Seus amigos são
Um cachimbo e um cão
Casa de papelão

Olhos nos olhos
Preste atenção
Olha a ocupação

Só ficou você
Só restou você
Uivo louco, sangue em choro
Pra agradar opressão

Não de foice ou faca
Esquartejada alma amarga, amassa lata
Estoura pulmão

Toda pedra acaba, toda brisa passa
Toda morte chega e laça
São pra mais de um milhão

Prédios vão se erguer e o glamour vai colher
Corpos na multidão...

Na minha mente várias portas
E em cada porta uma comporta
Que se retrai e às vezes se desloca
E quantos segredos não foram guardados nessa maloca?
Flutuar no céu poluído da cidade e beber toda sua mentira
Esperança mingua, torneira sem água
Moeda? É religião que alicia

Vamos cantar pra nossos mortos
Vamos chorar pelos que ficam
Orar por melhores dias
E se humilhar por um novo abrir

Não de foice ou faca
Esquartejada alma amarga, amassa lata
Estoura pulmão

Toda pedra acaba, toda brisa passa
Toda morte chega e laça
São pra mais de um milhão

Prédios vão se erguer e o glamour vai colher
Corpos na multidão...



Credits
Writer(s): Kleber Cavalcante Gomes, Daniel Sanches Takara, Marcelo Serpe D Almeida Cabral, Guilherme Guimaraes De Held
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