Sentinela

Tantum ergo sacramentum
Veneremur cernui
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui
Praestet fides supplementum

Meu Senhor, eu não sou digna
De que visites a minha pobre morada
Porém se tu o desejas, queres me visitar
Dou-te meu coração
Dou-te meu coração

Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar

Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se vai
Revejo nessa hora tudo que ocorreu
Memória não morrerá

Vulto negro em meu rumo vem
Mostrar a sua dor plantada nesse chão
Seu rosto brilha em reza, brilha em faca e flor
Histórias vem me contar

Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar

Precisa gritar sua força, ê irmão, sobreviver
A morte ainda não vai chegar
Se a gente na hora de unir os caminhos num só
Não fugir, nem se desviar

Precisa amar sua amiga, ê irmão, e relembrar
Que o mundo só vai se curvar
Quando o amor que em seu corpo já nasceu
Liberdade buscar na mulher que você encontrar

Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se foi
Revejo nessa hora tudo que aprendi
Memória não morrerá

Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não levará
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não levará

Praestet fides supplementum
Sensuum defectui
Genitori, genitoque



Credits
Writer(s): Milton Silva Campos Do Nascimento, Fernando Rocha Brant
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