Machado de Xangô
Parei pra refletir como é triste
A sociedade vive um sistema que persiste, insiste
São mais de 500 anos na mesma exploração
Desqualifica o serviçal pra lucrar na produção
Mão de obra barata da vantagem pro patrão
Desequilibra o capital humano e real
Te enriquece a cada dia no papel de general
Nasceu em berço de ouro e vem quer me dar moral?
Ah! um puta charlatão, reforma agrária tu não quer
Nem pensar na divisão
Tem discurso de doutor, executivo, insultor
Caga regras no mundão pra defender o seu milhão
Você fez por merecer: trabalhou, estudou, mas pensa bem
Tem mais de um bilhão vivendo de refém
Enquanto a minoria com dinheiro do povão
Sobrevive em castelos, iates, clubes, mansões
Garantindo pelo menos, mais vinte gerações
Linhagem de família, príncipe herdeiros
Abaixo a tirania, o fim do cativeiro
Não tiro o meu da reta essa não é a intenção
Cada um tem sua parcela, eu também peço o meu perdão
Mas não posso concordar com esse discurso pueril
Que diz que é normal ter elites no Brasil
Dinheiro abre as portas, fomenta a guerra
Alimenta o ego, constrói a favela
Kao Kabiyesile!
Xangô, meu pai Xangô
Cultura universal, afro brasileira
Legado ancestral, das tribos guerreiras
Surgiu na mata virgem deu origem à capoeira
Central do povo livre, sem perder as estribeiras
Revoltas e protestos, quanto sangue derramou
Pra chegar aonde estamos mesmo assim não terminou
A Caminhada ainda é longa, seu chicote não me abala
O quarto de empregada é tradição de sua senzala
O clube da elite mantém segregação
Paineiras, Pinheiros, sob a ótica da exclusão
Babás sem uniformes são barradas na entrada
Convivência racial no dia-a-dia é uma cilada
Apartheid descarado no Brasil ele é velado
Oasis são mantidos preservando a tradição
Antigamente amas de leite
Agora são babás que alimentam a nação
Oh, oh fraquejou!
Contra o machado de Xangô
Oh, oh, fraquejou!
Vou dizer corro atrás, trombo a paz, rapaz e mais crê
Que nós somos todos capaz
De repartir, dividir, definir, enfim ri, resistir
Tudo que está por vir
Não falta proceder, assim que tem que ser
Se for preciso brigar, fazer por merecer
Plena certeza é saber, o povo tem poder
Quem muito apanha um dia cansa, uma hora vai bater
Pode crê, tanto perrê, vai duê
Harmonia na ginga maculelê
Em juízo diabólico sentenciou, fraquejou, fracassou!
Oh, oh fraquejou!
Contra o machado de Xangô
Oh, oh, fraquejou!
Pode crê mó perre, tem que exerce
A união dos irmãos pra fortalecer
Na correria pé de breque quem não tromba
Falsidade não faz parte só confronta
Vô mentir pra quê? Pela verdade correr
Sobreviver é vencer, passar a viver
Pra ter poder, de ser você, agi, fazer, a raiz manter.
Funk Buia, Treme Terra
Entre outras mil sou mais Brasil, febril, sentiu.
Ponto final, taca fogo
Quilombo universal, taca fogo
Oh, oh fraquejou!
Contra o machado de Xangô
Oh, oh, fraquejou!
A sociedade vive um sistema que persiste, insiste
São mais de 500 anos na mesma exploração
Desqualifica o serviçal pra lucrar na produção
Mão de obra barata da vantagem pro patrão
Desequilibra o capital humano e real
Te enriquece a cada dia no papel de general
Nasceu em berço de ouro e vem quer me dar moral?
Ah! um puta charlatão, reforma agrária tu não quer
Nem pensar na divisão
Tem discurso de doutor, executivo, insultor
Caga regras no mundão pra defender o seu milhão
Você fez por merecer: trabalhou, estudou, mas pensa bem
Tem mais de um bilhão vivendo de refém
Enquanto a minoria com dinheiro do povão
Sobrevive em castelos, iates, clubes, mansões
Garantindo pelo menos, mais vinte gerações
Linhagem de família, príncipe herdeiros
Abaixo a tirania, o fim do cativeiro
Não tiro o meu da reta essa não é a intenção
Cada um tem sua parcela, eu também peço o meu perdão
Mas não posso concordar com esse discurso pueril
Que diz que é normal ter elites no Brasil
Dinheiro abre as portas, fomenta a guerra
Alimenta o ego, constrói a favela
Kao Kabiyesile!
Xangô, meu pai Xangô
Cultura universal, afro brasileira
Legado ancestral, das tribos guerreiras
Surgiu na mata virgem deu origem à capoeira
Central do povo livre, sem perder as estribeiras
Revoltas e protestos, quanto sangue derramou
Pra chegar aonde estamos mesmo assim não terminou
A Caminhada ainda é longa, seu chicote não me abala
O quarto de empregada é tradição de sua senzala
O clube da elite mantém segregação
Paineiras, Pinheiros, sob a ótica da exclusão
Babás sem uniformes são barradas na entrada
Convivência racial no dia-a-dia é uma cilada
Apartheid descarado no Brasil ele é velado
Oasis são mantidos preservando a tradição
Antigamente amas de leite
Agora são babás que alimentam a nação
Oh, oh fraquejou!
Contra o machado de Xangô
Oh, oh, fraquejou!
Vou dizer corro atrás, trombo a paz, rapaz e mais crê
Que nós somos todos capaz
De repartir, dividir, definir, enfim ri, resistir
Tudo que está por vir
Não falta proceder, assim que tem que ser
Se for preciso brigar, fazer por merecer
Plena certeza é saber, o povo tem poder
Quem muito apanha um dia cansa, uma hora vai bater
Pode crê, tanto perrê, vai duê
Harmonia na ginga maculelê
Em juízo diabólico sentenciou, fraquejou, fracassou!
Oh, oh fraquejou!
Contra o machado de Xangô
Oh, oh, fraquejou!
Pode crê mó perre, tem que exerce
A união dos irmãos pra fortalecer
Na correria pé de breque quem não tromba
Falsidade não faz parte só confronta
Vô mentir pra quê? Pela verdade correr
Sobreviver é vencer, passar a viver
Pra ter poder, de ser você, agi, fazer, a raiz manter.
Funk Buia, Treme Terra
Entre outras mil sou mais Brasil, febril, sentiu.
Ponto final, taca fogo
Quilombo universal, taca fogo
Oh, oh fraquejou!
Contra o machado de Xangô
Oh, oh, fraquejou!
Credits
Writer(s): João Nascimento
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