Hey João (Ao Vivo)

Hey João
Vencer não quer dizer cifrão
Não ligue pros comerciais
Cuidado com a televisão, hey João

Hey João
Tão te vendendo ilusão
Nem sempre o que ganha é mais
Nem sempre o que é mais é bom

Quem foi que disse que isso é um jogo
Quem que disse hein João?
Que você não é ninguém se for o vice campeão?
Como se não existisse comunhão
Como se tudo na vida resumisse
Então a uma mera disputa
E da fatia do pão quem desfruta, diz truta
Você acha isso certo então me desculpa
A sociedade diz: quer ser feliz luta
Mas como, se eu não nasci com o talento do Batistuta

Também não sou filho de algum Abílio Diniz
Tampouco nasci pra ser uma meretriz, puta
Mesmo não tendo tudo aquilo que eu sempre quis
Como Jadakiss mantenho minha raiz bruta
Perder ou vencer, não tem escapatória
A sociedade torna essa modalidade obrigatória
A disputa cria divisórias, contradições notórias
O luxo do burguês é a escassez da escória

Escolha, não existe no final da história
Competição é desleal e predatória
O esforço não define a posição não
João ninguém aqui nunca vai ser João Dória
Por isso eu não quero vitória
Enquanto a intenção final for o capital, a glória
Não, eu não quero vitória
Será que você não vê
Ostentação material é ilusória

Hey João
Vencer não quer dizer cifrão
Não ligue pros comerciais
Cuidado com a televisão, hey João

Hey João
Tão te vendendo ilusão
Nem sempre o que ganha é mais
Nem sempre o que é mais é bom

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

E o Brasil anda dividido um em cada ponta
Fazendo jus ao apelido "País da piada pronta"
Tarifa aumentando, de nada conta
Pois não passa da conta
É só mais dinheiro pra desviar da conta
E bancada pronta pra botar para circular
Mais um projecto de lei de interesse particular
Querendo nos ridicularizar, escândalos de corrupção
No máximo prisão domiciliar
E ao povo só resta impunidade pra lamentar
Pois os político têm imunidade parlamentar
Ou seja imunidade pra roubar
Com o aval da lei que lhe protege
Lei que ele mesmo rege
Abre o olho pra quem você ele pois o de paletó
É quem devia estar de calaça beje
Ele diz, o que é que mata mais
A câmara de deputados ou a câmara de gás

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

Óbito ao Brasil, causa da morte
Assassinato a sangue frio
O culpado ninguém descobriu
Mas foram atrás de algum negro de fuzil
Porque o branco que roubava
Não se encaixava no perfil
O suspeito de pele parda, foi parado pelo guarda
Cansado do fardo, da farda, da vida amarga
Tá promessa que tarda, enquanto ele aguarda
Mais um inocente morto pela mira da espingarda
É a Copa por aqui foi um fiasco
Mas pior ainda foi a chacina de Osasco
Somos o pais da bala, não da bola
Que bota o menor na sela e não na sala da escola
Povo que não se rebela, só rebola, afinal, é sempre Carnaval
E o trágico vira cómico, problema crónico
Nada mais me deixa atónico
Tudo é uma piada e eu não estou sendo irônico
Estamos partidos em guerras de partidos
Parece uma partida, uma briga de torcidas
E enquanto nossa pátria se aparta
Mais um calhorda furta agora de carteira farta
Chega de meditar que nem Sidarta
Chegou a hora de lutar que nem Esparta
Avante meu povo
Se o gigante um dia acordou
É preciso que ele se levante de novo

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

Basta!

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

Basta!
De carregar esse fardo
Basta!
Pra onde vai o meu trabalho ardo
Basta!
Eu sou um filho da pátria
Mas a minha mãe me trata
Como filho bastardo

Basta!



Credits
Writer(s): Leonardo Henrique Vereda Cunha, Fabio Reboucas De Azeredo
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