Como Falar de Amor?
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Sangue vermelho escorreu no asfalto preto
Eu de menor, eu percebi que era flamengo
Lembro quando eu deixei de torcer por time
Foi quando eu vi vários amigos meus morrendo
Favela luto e festa, guerra e paz
Os menor bom, que falta faz
Foram até, longe demais
Tão longe que não vejo mais
Do outro lado talvez, por enquanto talvez
As contas a pagar, vidas a criar
Pureza no olhar vai me libertar
Das lembranças malditas
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
É pra quem sobrevive né, mano
É tentar conviver com a certeza emocional e pá
Tá sempre batendo de frente com
Os familiares dos caras, né, mano
E sempre que eu sair
Pra descer pra praça
Eu vou passar por aquela esquina
Tá ligado? E seguir em frente
Sant, chama
E eles vieram
Deixando o cheiro de morte pelas vielas
Parece Vietnam, CDD, frenesi, quem financiou?
Dorme em paz com o que fizeram, né?
Quem não descansa é o morador, correria
E tem quem diga que tá ali porque queria
E eu nem vou falar de cor (eu não vou falar de cor)
De onde eu vim, eu sei de cor
Assim como sei que a volta é triste
E torra a guerra fria
Frisa o papo, agora chega
Agora chega!
Tem mais sangue na tua mão
Do que dentro de ti, não nega
Priva a terra e nunca rega
Quem carrega os corpos
Nessa era de rage?
Enrijece a humanidade
Bicho rugem, rogue aos deuses (dá luta aos deuses)
Mas daqui a pouco é carnaval, liberte as dores
Todo amor ao meu Flamengo que tá na Libertadores
Vá dizer pro teu menor, ignorância é bênção
Os mais felizes daqui plastificam flores
Foi um espetáculo de horror
Em horário nobre (horário nobre)
Mas se somos Paris
Quê que tem o sofrimento pobre? (Quê que tem?)
Eu hein, tá com pena, leva pra casa
Mas, que casa?
Ontem o procedimento a quebrou por hobby
Roubei teu ponto de vista, achei uma merda, devolvi
É óbvio, se tu não viveu o que vivi (é obvio)
Faz o seguinte, passe uma semana aqui
E se ficar de pé ainda, verá porque me envolvi
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina onde você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que era, pá-tu-ru-tum
Nem sei como eu tô vivo
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Sangue vermelho escorreu no asfalto preto
Eu de menor, eu percebi que era flamengo
Lembro quando eu deixei de torcer por time
Foi quando eu vi vários amigos meus morrendo
Favela luto e festa, guerra e paz
Os menor bom, que falta faz
Foram até, longe demais
Tão longe que não vejo mais
Do outro lado talvez, por enquanto talvez
As contas a pagar, vidas a criar
Pureza no olhar vai me libertar
Das lembranças malditas
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
É pra quem sobrevive né, mano
É tentar conviver com a certeza emocional e pá
Tá sempre batendo de frente com
Os familiares dos caras, né, mano
E sempre que eu sair
Pra descer pra praça
Eu vou passar por aquela esquina
Tá ligado? E seguir em frente
Sant, chama
E eles vieram
Deixando o cheiro de morte pelas vielas
Parece Vietnam, CDD, frenesi, quem financiou?
Dorme em paz com o que fizeram, né?
Quem não descansa é o morador, correria
E tem quem diga que tá ali porque queria
E eu nem vou falar de cor (eu não vou falar de cor)
De onde eu vim, eu sei de cor
Assim como sei que a volta é triste
E torra a guerra fria
Frisa o papo, agora chega
Agora chega!
Tem mais sangue na tua mão
Do que dentro de ti, não nega
Priva a terra e nunca rega
Quem carrega os corpos
Nessa era de rage?
Enrijece a humanidade
Bicho rugem, rogue aos deuses (dá luta aos deuses)
Mas daqui a pouco é carnaval, liberte as dores
Todo amor ao meu Flamengo que tá na Libertadores
Vá dizer pro teu menor, ignorância é bênção
Os mais felizes daqui plastificam flores
Foi um espetáculo de horror
Em horário nobre (horário nobre)
Mas se somos Paris
Quê que tem o sofrimento pobre? (Quê que tem?)
Eu hein, tá com pena, leva pra casa
Mas, que casa?
Ontem o procedimento a quebrou por hobby
Roubei teu ponto de vista, achei uma merda, devolvi
É óbvio, se tu não viveu o que vivi (é obvio)
Faz o seguinte, passe uma semana aqui
E se ficar de pé ainda, verá porque me envolvi
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina que você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que eram preto
E nenhum dos dois tá vivo
Como é que eu vou falar de amor?
Se na esquina onde você passou, policial disparou
Em dois amigos meus que era, pá-tu-ru-tum
Nem sei como eu tô vivo
Credits
Writer(s): Gustavo Dos Santos Belchior, Sant'clair Araujo Alves De Souza
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