Rio Seco

Tens sede e não queres beber
Tens medo de quem te dá
Tens fome de crescer em paz
E vontade de viver inteiro

E sonho hoje como te devo dizer
Que todos os rios vão secar
Vão secar
Até os peixes, terem pernas para andar

Contas contas que são poucas para te entreter
Finges não entender outras que te possam entristecer

Acorda e sonha a cores

E quando tudo se deixar transformar
Passo a passo força-se o hábito
Devagar
Até as dunas terem voz para cantar

Contas contas que são poucas para te entreter
Finges não entender outras que te possam entristecer
Corto as pontas que são ocas para engrandecer
Fingo e fico com as outras até o rio renascer

Acordo e sonho a cores

Até os peixes terem pernas para andar
Até os peixes terem voz para cantar

Acordo e sonho a cores



Credits
Writer(s): Filipe Louro, Guilherme Tomé Ribeiro, Luís Montenegro, Tito Romão
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