Onde Cruzam-Se os Ventos

Quando soprarem forte
Os ventos do sul e do Norte
Quando eu partir
De mãos dadas com a morte
Eu quero que se lembrem que fui forte
E não da minha má sorte.

Quero que abram
Minha gaveta empoeirada
Meus poemas não valem nada
Mas leiam um verso profundo
E saberão porque eu vim ao mundo.

Quando soprarem forte
Os ventos do sul e do norte
Quando eu partir
De mãos dadas com a morte
As folhas das arvores cairão
Eu subirei com a morte pela mão.

Num penhasco numa batida
Pra morrer, basta ter vida.



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