Abre Aspas

Se eu fosse um poeta
E entortasse a minha linha reta
Você me daria um ponto?
Ponto de interrogação

Se eu pusesse os meus enfeites
O prazer do seu deleite
Você me daria um ponto?
Ponto de interrogação

Abre aspas e se entrega
Aos meus versos que são seus
Abrevia a minha história

O mundo anda tão depressa
Eu não tenho pressa, vou perder a hora
O mundo anda tão depressa
Eu não tenho pressa, vou perder a hora

Vou perder o sono, vou passar em claro
É claro que eu não vou passar em branco
Vou perder o sono, vou passar em claro
É claro que eu não vou passar em branco

Abre aspas e me empresta
Os seus olhos de ateu
Abrevia a minha história

O mundo anda em linha reta
Eu ando em linha torta, eu ando do meu jeito
Se o mundo anda em linha reta
Eu ando em linha torta, eu ando do meu jeito

Vou andar à toa, vou ficar na proa
Cansei de ser marujo raso
Vou andar à toa, vou ficar na boa
Se o mundo espera, então eu faço

E se eu fosse um poeta
E entortasse a minha linha reta
Você me daria um ponto?
Ponto de interrogação

Se eu pusesse os meus enfeites
O prazer do seu deleite
Você me daria um ponto?
Ponto de interrogação

Abre aspas e me empresta
Os seus olhos de ateu
Alivia a minha história

O mundo anda em linha reta
Eu ando em linha torta, eu ando do meu jeito
Se o mundo anda em linha reta
Eu ando em linha torta, eu ando do meu jeito

Vou andar à toa, vou ficar na proa
Cansei de ser marujo raso
Vou andar à toa, vou ficar na boa
Se o mundo espera então eu faço

Vou andar à toa, vou ficar na proa
Cansei de ser marujo raso
Vou andar à toa, vou ficar na boa
Se o mundo espera, então eu faço



Credits
Writer(s): Aniela Stopa Juste, Marcelo Bucoff
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