XXI

Yeah
Inglês, Matrero
Rap nacional

Peguei a tela e refiz
Pro bem do nosso quadro e quem quis?
Defino o risco da vida no tris
Social, estável, paralítico
Serviçal político que quis (era eu bem vi)
Quem vem da vida dá ouvido as
Margens, destrói pilares de centros urbanos
Muda o preço do papel, juntando as brecha a milianos
Sem passar pano, sem mando de ninguém, caneta fiel
Se vem do Hell, fel, HailMary aos quilombolas do céu
Que na parábola embola Jingle Bel
Cortando vibrações desde 2-0-1-0
Em meio escombros, rumo ao céu
Fora do método e quem entende e lida é tipo
O frio da guerra é ferrenho e dita a trilha
Donos do planeta fudendo a maquete
Quem fica na cochi, cochicho enriquece
Se vem na cédula, que é pérola, diz ela lá, sem arrastar
Din não é problema, melhor se adaptar
Jean Grey, cansa a cada mês
ZL é o pico, o vale é nossa vez
Grito aos quatro cantos sem precisar de mei
Dos advérbios deixados por vocês, né?
Sistema auto-retrô, nem tô aqui doutor
Tô no cotidiano, mano, fudendo reis
Máquina do tempo, metrô
E quão hábil que eu tô
É tudo extremo, então agora que eu vou
Os verso nas parede, nas pele, meu bonde chegou
Com os mago universal que o astral reivindicou
No fim o circo é blefe, como eu sei
A mente aberta, espaço curto é lei
Depois da cena vem o rodo, eu reparei
No fim o circo é blefe, como eu sei
Pelo certo pode chamar, destrinchar
Que a vida não é cinema
Tem que tirar coisa má das boas
Pra deslanchar agora
Depois, sem tempo pra voltar
Sem conto do vigário, livre, imaculado
Além do imaginário, é onde me conheci
A chave da mudança, e se nada mudar
Cê já sabe quem sustentou tudo isso aqui

A vida prega peças quantos manos se perderam nessa
Vendem a alma, compram tudo, mas não compram minhas ideias
A vida prega peças quantos manos se perderam nessa
Vendem a alma, compram tudo, mas não compram minhas ideias

É o clarão na tenebra
O barulho do vão que constrói o vazio do som que te quebra
Respiração, preto no branco igual zebra
Peça na mesa, celebra, um brinde ao agora
Reto igual ao meridiano, e se for competir, tô pronto pra ação, então
Não mete rap mediano, hein?
Por onde eu ando o chão tá cedendo
Tão rodeando, os irmão são sedentos
Adubaram a mente do vilão
Ligue os pontos, melhor que fique atento
Tem coisa que eu não entendo
E tem coisa que eu não quero nem entender
Pra não bater neurose ao encontrar você
Garotinho, eu me rendo
É o mundo dos homens
Thomé tu tá vendo?
Se é com as mulher que eu aprendo
Que que tá acontecendo?
Sigo esvaindo preencho-me como
Cabeça fervendo, a fera que eu não domo
Durmo ou vamo? Quem me chamou?
Foi o Inglês, então tamo, com 5 no tambor
De ambas as partes, os versos são âmbares
Toma, quem cambalear, tombará
Honraremos os vândalos

A vida prega peças quantos manos se perderam nessa
Vendem a alma, compram tudo, mas não compram minhas ideias
A vida prega peças quantos manos se perderam nessa
Vendem a alma, compram tudo, mas não compram minhas ideias

Anota, nem viu minha placa
Joga tanto, gol de placa
Veste o manto, vai, se mata
Treina todo dia porque a vida do prêmio é ingrata
Acha que é nata, qualha
Trap tá na moda, vai, chacoalha
Influência indígena em meu chocalho
Flow de alienígena e eu não paro
Melhor vira-lata vai no faro
Latido na batida tipo Snoop
Disseram que meu rap era dos cult
Teu clipe eu quis assitir no mute
Mano não se ilude, tua vida vale mais do que esse boot
Melhor eu tá investindo na saúde
Porque se a vida prega peças tomara que a minha mente não adoeça
E de tempo de usar o tempo que me
Resta pra juntar as peça do quebra cabeça

Eu tô dançando um bolero, com êxtase e o desespero
Só moleque boleiro nesse jogo eu não quero a derrota
Neguei a vera, desse mal eu não bebo
É sessão do descarrego, eu menti mas fui sincero
E eu já nem carrego a shotgun
Se é pra morte (não)
Só o que é pra trazer sorte
Jangada, rumo ao norte, Jão
Nunca é forte o cansaço sem corte é fantástico
Os lunático andando rumo ao top one
É que, é que
Nós é vandalismo pra sociedade hipócrita
Num fode, nós é a quebra do silêncio, nós é a resposta neurótica
E ainda nem colhi os louros das vitórias
Vi mais agouros que glórias
Vi seu cordão de ouro é ilusório
Sem ter um milhão de vida, e nessa eu tô sem tempo pra perder
Eu fiz meu templo mas sem Papa João Bento pra benzer
Deus ilumine, meu caminho é tortuoso
Tonteante, estonteante
Tantos rostos, mas de alma são desgosto puro



Credits
Writer(s): Luan Gohn Moraes, Rodrigo Barbosa Parracho, Sant'clair Araujo Alves De Souza, Felipe Rodolfo Ferreira Nunes
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