Acauã / Briga De Faca / Corisco

Acauã vive cantando
Durante o tempo de verão
No silêncio das tarde, agourando
Chamando a seca pro sertão

Vai, acauã
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala, acauã
Que é pra chuva voltar cedo

Bento, Terêncio, cadê eles?
Foi o jagunço que matou
Bento, Terêncio, cadê eles?
Foi o jagunço do coroné'

A noite que tinha era escura
Que santo nenhum podia alumiar
Noite que dá lubisomem
E os home' do seu coroné'

Mataram o Terêncio, dormindo
E o Bento, que fazia um Bentinho
Mataram todo mundo, Tulão
Lá vem jagunço

Te entrega, Corisco
Eu não me entrego, não
Eu num sou passarinho pra viver lá na prisão
Não me entrego a tenente nem mesmo a capitão
Só me entrego na morte, de parabelo na mão

Na conta da minha história, verdade e imaginação
Espero que o senhor saiba lhe dar uma lição
Que assim, mal dividido, este mundo anda errado
Que a terra é do home', num é de Deus nem do diabo

Num é de Deus, num é de Deus
Num é de Deus nem do diabo
Num é de Deus, num é de Deus
Num é de Deus nem do diabo

E o sertão vai virar mar
E o mar vai virar sertão
E o sertão vai virar mar
E o mar vai virar sertão

Te entrega, Corisco
Eu não me entrego, não
Eu num sou passarinho pra viver lá na prisão
Não me entrego a tenente nem mesmo a capitão
Só me entrego na morte, de parabelo na mão
Só me entrego na morte, de parabelo na mão

Hah!



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