Luxuosos transatlânticos

Aí o crioulo doido se tratou, estudou e ficou bom
E resolveu dar uma gozada na democracia racial
Diga aí, Mart'nália

Em luxuosos transatlânticos
Os negros vinham da África para o Brasil
Gozando de mordomias faraônicas
Chegavam aqui com ar fagueiro e juvenil

E mal desembarcavam lá no porto
Com todo conforto
Em luxuosas senzalas iam se hospedar

Tratados a pão-de-ló, comendo do bom e do melhor
Levavam a vida a cantar
Tratados a pão-de-ló, comendo do bom e do melhor
Levavam a vida a cantar

La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, laiá

Nos campos e nas cidades
Naqueles tempos que não voltam mais
Reinava a mais perfeita harmonia
Tudo era alegria, amor, carinho e paz
(Me engana que eu gosto)

Até que exóticas ideologias fizeram o cativeiro acabar
(Acabou?) Mas a índole mansa e pacífica
Dessa gente magnífica fez o negro se recuperar
No Brasil

Hoje, no Brasil da liberdade
Onde tudo é igualdade
Sem distinção de raça e nem de cor
O negro, agradecido (viva São Benedito)
Ergue aos céus o seu louvor

Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh (que beleza)
Ai, que saudades dos carinhos do feitor
(Ah, que saudade!)

Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh
Ai, que saudades dos carinhos do feitor
Em luxuosos

Em luxuosos transatlânticos
Os negros vinham da África para o Brasil
Gozando de mordomias faraônicas
Chegavam aqui com ar fagueiro e juvenil

E mal desembarcavam lá no porto
Com todo conforto
Em luxuosas senzalas iam se hospedar

Tratados a pão-de-ló, comendo do bom e do melhor
Levavam a vida a cantar
Tratados a pão-de-ló, comendo do bom e do melhor
Levavam a vida a cantar

La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, laiá

Nos campos e nas cidades
Naqueles tempos que não voltam mais
Reinava a mais perfeita harmonia
Tudo era alegria, amor, carinho e paz

Até que exóticas ideologias fizeram o cativeiro acabar
Mas a índole mansa e pacífica
Dessa gente magnífica fez o negro se recuperar
No Brasil

Hoje, no Brasil da liberdade (tá todo mundo numa boa)
Onde tudo é igualdade
Sem distinção de raça e nem de cor
O negro, agradecido
Ergue aos céus o seu louvor

Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh (Ai, que saudade!)
Ai, que saudades dos carinhos do feitor
Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh
Ai, que saudades dos carinhos do feitor

La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, la, laiá, laiá
Obrigado, Isabel (la, laiá, laiá)

La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, laiá

La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, laiá

La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, la, laiá, laiá
La, laiá, laiá

La, laiá, la, laiá, laiá...



Credits
Writer(s): Nei Braz Lopes, Claudio Jorge De Barros
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