Manifesto

vazio de sentimentos invadem meu peito adentro
a mensagem que te passam, distorcem seu julgamento
dita de uma forma imperativa o
conteúdo da notícia é o que constrói a sua fala
como grito de ofensa o barulho da
imprensa modifica sua crença e te cala
replicando informação,
chamando sua atenção, te colocam ao lado deles na missão
muita cautela é preciso,
muito cuidado e juízo, resistência é o oposto da omissão

e o outro lado da história, quem vai me contar?
todos os dias são iguais, na tv e nos jornais.
e o outro lado da história quem é que vai me contar?
(não!)
(não!)

e o final da novela,
que se passou na favela, estrelada pelo boy que cresceu em moema
repete-se o tema, inverte-se a cena,
como um moleque da rocinha que visita ipanema
da lama ao caos, do céu ao inferno,
do menino descalço ao homem de terno
do punk ao rap, o som do protesto,
na levada desse som deixo meu manifesto!

e o outro lado da história, quem vai me contar?
todos os dias são iguais, na tv e nos jornais.
e o outro lado da história quem é que vai me contar?
(não!)
(não!)

"o povo com conhecimento fere os
sentimentos, interesses dos que estão no poder,
causando enfraquecimento do ideal de
exploração, dos que visam só cifrão pra poder viver
quando há esclarecimento, há revolta!
então melhor deixa-los hipnotizados!
contam inverdades por interesse próprios!
e assim o povo segue alimentando seu negócio"

e o outro lado da história, quem vai me contar?
todos os dias são iguais, na tv e nos jornais.
e o outro lado da história quem é que vai me contar?
(não!)
(não!)



Credits
Writer(s): Marcio Vinicius Almeida Pereira, Luiz Ferraz Neto
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