Abaité

Não estou aqui pra perder porque me importo
E não tem como esquecer daqueles mortos
Julgados, pisados, atormentados sim
Se aprendem fácil a querer tudo na tela
E tem uma alma a vender por bagatela
Estão fracos, calados, censurados sim
O que eu queria era que um dia eles soubessem enxergar
Com a nossa forma de olhar
... para o espelho e ver o quão feio eles estão a se tornar
Numa mera existência

Todos são convidados
Para animar a festa dos loucos obcecados
E quem será o pajé irado?
Culpado por tudo aquilo que faz medo e não tem cura
Argumentando que é assim mesmo, que a vida é dura
São só abaité, são só abaité

Que inovaram com a perseguição a tal perfeição
Ditada, moldada, ditadurada sim
A perseguição a maldita perfeição
Ditada, moldada, ditadurada sim

Têm uma meta a cumprir
Têm uma moda a seguir
Têm um jogo pra assistir
Têm um rival pra ferir
E o que faz os iguais se conformarem assim?
Tinham o tempo pra sonhar
Mas chegou a hora de acordar
Tinham coração para amar
Mas preferem o que se pode comprar
Jamais em paz

Então percebo que estão todos bem modelados
Para fazer sorrir os loucos obcecados
E quem será o pajé irado?
Culpado por tudo aquilo que revolta quem tá na luta
E quem atira anda com escolta, filhos da puta
São só abaité, são só abaité
Só abaité

O que eu queria era que um dia eu pudesse enxergar
Com tais formas de olhar
... para o espelho e ver o quão feio eles estão a me tornar
Melhor desconectar



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