Bajú

Nós temos que ter essa postura mano
Vê as Força Suprema
Entrou da onde? Das redes sociais
Foram alguma vez na mídia
Na mídia convencional? Não

Mas um gajo conhece os bloqueios que eles passam
Mas como eles estão na sensibilidade do povo
Podem te promover bué
Você nunca vai lhes tirar do coração das pessoas

Ok
Ou morres, yah
São agora seis da manhã
Faz agora, não esperes amanhã
Mão na massa e começa a ganhar
Olha, a vida não é pra nhanhar

(Morres ou corres)
Preguiça, pecado mortal
Torna o teu nome imortal
E trabalha pro teu funeral (Hustle, hustle, hustle)

Corres ou morres
Eu corro pra viver como homem
Pra ver se os meus filhos comem
Há uns que com um estrilho somem

Morres ou corres, yah
Vendes informação por uns trocos
Todo artista é um louco
Então posso manchar o teu corpo

Se não formos nós vais ser mais quem, nigga?
Lembra bem de onde é que a nossa gente vem, nigga
Nós sempre honramos o pouco que a gente tem, nigga
Sempre foi Amadora, Queluz, Rio de Moura e Cacém, nigga
Essa é a minha pain, nigga!

Vocês deduzem, mas se reduzem
A tentar dominar um produto que vocês não produzem
Eu não abdico disso para que os vossos se lambuzem
Não toquem o nosso dialeto, e só nossos traduzem
Fuck them, niggas though!

Respira, sossega
Talvez amanhã te atenda
Tamos mais velhos e melhorado
Tu queres um vinho dessa adega
Aliás, quer um dos niggas, não nega
Deve ser por isso que lambes tão bem o chão
Só pra ver se algum dos nigga escorrega

Vou te dar papo reto
Se for contra os meus ideais, mano, eu não aceito
Obrigado pela proposta sim, mas cá nós damo' um jeito
Minha mãe vai perder o filho antes que o filho perca o respeito
Desde pequeno que eu faço a cama em que me deito

Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
E dar o cu pelo kumbu como tu?
Nunca!

A mentira
Pode andar mais rápido do que a verdade
A verdade no seu passo
Um dia vai encontrar a mentira (Yo gangsta)
Com os pneus furados e vai continuar andar

Até os factos revelam e as atitudes confirmam
Que vocês se venderam e até das ruas fugiram
Tentaram, não conseguiram, só bajularam, mentiram
E depois dessa fama toda, dessas luzes, sumiram

E ninguém é culpado por ter péssimos gostos
Culpado é aquele coitado que crítica o gosto dos outros
E eu tenho o gosto apurado, só gosto daquilo que gosto
E vocês tão a ser procurados, só que não tão vivos, tão
Mortos

Tão importante como escolher o caminho é a companhia
É insignificante o teu caminho se na vida só copia
Um gajo faz arte, um gajo cria
Se dás pra parvo, um gajo vacila
Sou da LS, sou das ruas
Sou B.O., eu sou Sambila

Se for contra os meus ideais, mano, eu não aceito
Obrigado pela proposta sim, mas cá nós damos jeito
Minha mãe vai perder o filho antes que o filho perca o respeito
Desde pequeno que eu faço a cama em que me deito

Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
E dar o cu pelo kumbu como tu?
Nunca!

Ser bajú, nunca
Ser bajú, nunca
Nós nunca precisamos disso
E dar o cu pelo kumbu como tu?
Nunca!
Ser bajú, nunca (Xé dred)
Nunca!
Ser bajú, nunca

Minha mãe vai perder o filho
Antes que o filho perca o respeito
Minha mãe vai perder o filho
Antes que o filho perca o respeito
E dar o cu pelo kumbu como tu?
Nunca!

Você meteu um relógio americano
Senta se sentindo colosso
Só porque comeu uma picanha também aqui no restaurante, nã
Ô, também sou da, sou sou da elite
Você não é elite, você é desgraçado
Tiram o seu relógio? Não sabe falar



Credits
Writer(s): Daniel Isidoro, Edson Silva, Luis Silva, Terencio Neto, Valter Carlos
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