Erê (Menino Prateado) [Acústico] (Ao Vivo)

Pê pê
Pê pê

Aqui nessa estação
Onde arranha-céu conversa com Deus lá de cima
Aqui nessa questão onde teu patrão
Regou todo o chão de agonia
Aqui no barracão onde faltou pão
Pro menino pôr na barriga
Onde não tem irmão, motivo,
Razão pra se levantar todo dia

É erê, é erê, é erê, é erê
É erê quem regou teu chão com o suor sangue da geração
Quanto vale o guri favelado diante do seu cifrão?
É erê quem regou teu chão com o suor sangue da geração
Quanto vale o guri favelado diante do seu cifrão?

Aqui nessa estação é questão de cor
O homem que sobe na vida
Se tu fores mulher o preto da pele
Vai te amarrar mais ainda
Mal sabia o guri que acordava cedo
Para trabalhar todo dia
Que um tijolo nagô
Que edificou essa terra tão disparida

É erê, é erê, é erê, é erê
E o menino pinta o preto da pele de prata para trabalhar
Como se o preço desse preconceito fossem só vogais a trocar
E o menino pinta o preto da pele de prata para trabalhar
Como se o preço desse preconceito fossem só vogais a trocar

Lapa dera rundê, larera rundê, larera tundê ratundira
Lapa dera rundê, larera rundê, larera tundê ratundira
Lapa dera rundê, larera rundê, larera tundê ratundira
Lapa dera rundê, larera rundê, larera tundê ratundira

É erê, é erê, é erê, é erê
E o menino pinta o preto da pele de prata para trabalhar
Como se o preço desse preconceito fossem só vogais a trocar
É erê quem regou teu chão com o suor sangue da geração
Quanto vale o guri favelado diante do seu cifrão?
Ê pintado de cinza
Ê menino pintado de cinza
Ê menino, oi pintado, ô de cinza!
Ê menino pintado de cinza
Oi menino pintado de cinza
Oi menino pintado de cinza
Oi menino, oi menino
Oi menino pintado de cinza!

É erê, é erê
É erê
É erê
É erê



Credits
Writer(s): Indiara Naise Varjao Da Silva, Uma Luiza Pessoa
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