Ogunté

Essa obra de arte de Deus
Disse o pescador ao canal de notícias
Sobre o cardume prateado de sardinhas
Na praia da Barra, no Rio de Janeiro

Crianças encalhadas na costa de Lesbos
Pacotes de cruzeiros pelas ilhas gregas
O plástico do mundo no peixe da ceia
O que será que cantam as tuas baleias

Caixas pretas no fundo do Mar Negro
Atlântico salgado de lágrimas negras
Já não há Alepo, já não há Palmira
E perfuram-te as entranhas atrás de óleo negro

Seguem teus cargueiros
Teus camaroeiros
Teus catamarãs

Essa obra de arte de Deus
Disse o pescador ao canal de notícias
Sobre o cardume prateado de sardinhas
Na praia da Barra, no Rio de Janeiro

Crianças encalhadas na costa de Lesbos
Pacotes de cruzeiros pelas ilhas gregas
O plástico do mundo no peixe da ceia
O que será que cantam as tuas sereias

Odoiá
Ogunté

Caixas pretas no fundo do Mar Negro
Atlântico salgado de lágrimas negras
Já não há Alepo, já não há Palmira
E perfuram-te as entranhas atrás de óleo negro

Seguem teus cargueiros
Teus camaroeiros
Teus catamarãs

Odoiá
Ogunté



Credits
Writer(s): Adriana Da Cunha Calcanhotto
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