Nunca Se Sabe

Sei que parecem idiotas
As rotas que eu traço
Mas tento traçá-las eu mesmo

E, se chego sempre atrasado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe até que horas os relógios funcionarão

Sem dúvida a dúvida é um fato
Sem fatos não sai um jornal
Sem saída ficamos todos presos aqui dentro faz muito calor

Sempre parecem idiotas
As rotas que eu traço
Sempre tarde da noite

E se ando sempre apressado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
É porque nunca se sabe

Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu não tô afim de fazer
Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu não tô afim...

Não quero perder a razão
Pra ganhar a vida
Nem perder a vida pra ganhar o pão

Não é que eu faça questão de ser feliz
Eu só queria que parassem de morrer de fome a um palmo do meu nariz
Mesmo que pareçam bobagens
As viagens que eu faço
Eu traço meus rumos eu mesmo, a esmo

E se nunca sei a quantas ando
Se ando sem direção
É porque nunca se sabe
É porque nunca se sabe

Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu não tô afim de fazer
Não viro vampiro, eu prefiro sangrar
Me obrigue a morrer mas não me peça pra matar, não, não, não

Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu não tô afim de fazer
Não viro vampiro, eu prefiro sangrar
Me obrigue a morrer mas não me peça pra matar, não, não, não



Credits
Writer(s): Humberto Gessinger
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