Lula Livre
Era pra ser mais um igual
Um outro Fulano de Tal
Na velha sina "Morte e Vida, Severina"
Velho destino que a nada se destina
Mas é que o tempo, bem ou mal
Gosta de andar em espiral
E de repente a vida muda de rotina
Pelo sinal de alguma estrela nordestina
E da esperança que todo menino tem
O que é que vem?
O peão entrou na estrada, o peão
O peão entrou na estrada, o peão
Anda, peão
Vagueia, peão
Quem é que sabe o que é saber
Quem é que ensina a aprender
Nessa cidade grande que nos desampara
E que despreza quem desceu do pau de arara
E esse menino vai crescer
E ele vai vendo que viver
Não é pra qualquer um, a sorte é coisa cara
E a vida vai ficando cada vez mais rara
E da esperança que toda cidade tem
O que é que vem?
O peão entrou pra escola o peão
O peão entrou pra escola o peão
Estuda, peão
Merenda, peão
Se não terra pra plantar
Não tem semente pra vingar
E se não tem semente então não tem colheita
E na cidade a fome vive à nossa espreita
E pra comer tem que trocar
Mas tudo o que ele tem pra dar
É seu trabalho e o patrão se aproveita
E todo fim do mês a conta vem malfeita
E da esperança que todo trabalho tem
O que é que vem?
O peão entrou na roda, o peão
O peão entrou na roda, o peão
Rala, peão
Trabalha, peão
O tempo passa sem sorrir
Mas isso não vai impedir
Que o peão vã entendendo a engrenagem
Que vai nos triturando dentro da moagem
E quase só por existir
E por querer se redimir
Ele vê dentro da verdade uma mensagem
E nessa hora o peão toma coragem
E da esperança que a consciência tem
O que é que vem?
O peão entrou na luta, o peão
O peão entrou na luta, o peão
Grita, peão
Greve, peão
Se a História aprendeu a ler
Foi soletrando o ABC
Onde o peão desafiou a ditadura
De greve em greve a água bate até que fura
Quem duvidava do poder
Do povo aprendeu a crer
Que a esperança pode mais que a desventura
E que a injustiça é uma doença que tem cura
E da esperança que toda vitória tem
O que é que vem?
O peão entrou na moda, o peão
O peão entrou na moda, o peão
Fala, peão
Lidera, peão
A dor do mundo dói demais
O medo nunca se desfaz
Mas assim mesmo o peão seguiu em frente
E sua voz virou a voz de muita gente
Querendo pão, querendo mais
Querendo cidadãos iguais
Querendo paz pra quem dá duro no batente
E o povo então quis o peão pra presidente
E da esperança que toda mudança tem
O que é que vem?
O peão entrou na História, o peão
O peão entrou na História, o peão
Discursa, peão
Governa, peão
E tinha escola pra estudar
Tinha lugar pra trabalhar
E tinha pão então e tinha mais conforto
E tinha roupa e tinha povo no aeroporto
Tinha direito de pensar
De consumir e de lutar
E de saber que o Pau Brasil já nasceu torto
Mas que agora esse passado estava morto
E da esperança que toda bonança tem
O que é que vem?
O peão entrou na ONU, o peão
O peão entrou na ONU, o peão
Brilha, peão
Ensina, peão
E quando tudo melhorou
A gente até acreditou
Que era o fim da nossa sina submissa
De quem viveu 500 anos de injustiça
Mas o dinheiro é um senhor
Envenenado de rancor
E conspirou um golpe feito da cobiça
Dos urubus fazendo o povo de carniça
E da desesperança que o ódio tem
O que é que vem?
O peão entrou no inferno, o peão
O peão entrou no inferno, o peão
Olha, peão
Cuidado, peão
E foi tanta perseguição
Calúnias na televisão
Nos tribunais e nas tribunas do Congresso
Na trama sórdida de tanto retrocesso
E condenaram o peão
Mandaram ele pra prisão
Em nome da lei, da ordem e do progresso
E não havia uma só prova no processo
E da desesperança que a mentira tem
O que é que vem?
O peão entrou na cela, o peão
O peão entrou na cela, o peão
Força, peão
Resiste, peão
E se engana quem pensou
Que essa história terminou
Pois quem aposta na mentira sempre erra
E ainda tem muita batalha nessa guerra
E pra você que me escutou
Eu fiz essa canção de amor
Pela coragem e pelo afeto que se encerra
No nosso peito, tanto amor por essa terra
E da esperança que toda verdade tem
O que é que vem?
O peão é cada um, o peão
O peão é todo mundo, o peão
Lula, peão
Presente, peão
Um outro Fulano de Tal
Na velha sina "Morte e Vida, Severina"
Velho destino que a nada se destina
Mas é que o tempo, bem ou mal
Gosta de andar em espiral
E de repente a vida muda de rotina
Pelo sinal de alguma estrela nordestina
E da esperança que todo menino tem
O que é que vem?
O peão entrou na estrada, o peão
O peão entrou na estrada, o peão
Anda, peão
Vagueia, peão
Quem é que sabe o que é saber
Quem é que ensina a aprender
Nessa cidade grande que nos desampara
E que despreza quem desceu do pau de arara
E esse menino vai crescer
E ele vai vendo que viver
Não é pra qualquer um, a sorte é coisa cara
E a vida vai ficando cada vez mais rara
E da esperança que toda cidade tem
O que é que vem?
O peão entrou pra escola o peão
O peão entrou pra escola o peão
Estuda, peão
Merenda, peão
Se não terra pra plantar
Não tem semente pra vingar
E se não tem semente então não tem colheita
E na cidade a fome vive à nossa espreita
E pra comer tem que trocar
Mas tudo o que ele tem pra dar
É seu trabalho e o patrão se aproveita
E todo fim do mês a conta vem malfeita
E da esperança que todo trabalho tem
O que é que vem?
O peão entrou na roda, o peão
O peão entrou na roda, o peão
Rala, peão
Trabalha, peão
O tempo passa sem sorrir
Mas isso não vai impedir
Que o peão vã entendendo a engrenagem
Que vai nos triturando dentro da moagem
E quase só por existir
E por querer se redimir
Ele vê dentro da verdade uma mensagem
E nessa hora o peão toma coragem
E da esperança que a consciência tem
O que é que vem?
O peão entrou na luta, o peão
O peão entrou na luta, o peão
Grita, peão
Greve, peão
Se a História aprendeu a ler
Foi soletrando o ABC
Onde o peão desafiou a ditadura
De greve em greve a água bate até que fura
Quem duvidava do poder
Do povo aprendeu a crer
Que a esperança pode mais que a desventura
E que a injustiça é uma doença que tem cura
E da esperança que toda vitória tem
O que é que vem?
O peão entrou na moda, o peão
O peão entrou na moda, o peão
Fala, peão
Lidera, peão
A dor do mundo dói demais
O medo nunca se desfaz
Mas assim mesmo o peão seguiu em frente
E sua voz virou a voz de muita gente
Querendo pão, querendo mais
Querendo cidadãos iguais
Querendo paz pra quem dá duro no batente
E o povo então quis o peão pra presidente
E da esperança que toda mudança tem
O que é que vem?
O peão entrou na História, o peão
O peão entrou na História, o peão
Discursa, peão
Governa, peão
E tinha escola pra estudar
Tinha lugar pra trabalhar
E tinha pão então e tinha mais conforto
E tinha roupa e tinha povo no aeroporto
Tinha direito de pensar
De consumir e de lutar
E de saber que o Pau Brasil já nasceu torto
Mas que agora esse passado estava morto
E da esperança que toda bonança tem
O que é que vem?
O peão entrou na ONU, o peão
O peão entrou na ONU, o peão
Brilha, peão
Ensina, peão
E quando tudo melhorou
A gente até acreditou
Que era o fim da nossa sina submissa
De quem viveu 500 anos de injustiça
Mas o dinheiro é um senhor
Envenenado de rancor
E conspirou um golpe feito da cobiça
Dos urubus fazendo o povo de carniça
E da desesperança que o ódio tem
O que é que vem?
O peão entrou no inferno, o peão
O peão entrou no inferno, o peão
Olha, peão
Cuidado, peão
E foi tanta perseguição
Calúnias na televisão
Nos tribunais e nas tribunas do Congresso
Na trama sórdida de tanto retrocesso
E condenaram o peão
Mandaram ele pra prisão
Em nome da lei, da ordem e do progresso
E não havia uma só prova no processo
E da desesperança que a mentira tem
O que é que vem?
O peão entrou na cela, o peão
O peão entrou na cela, o peão
Força, peão
Resiste, peão
E se engana quem pensou
Que essa história terminou
Pois quem aposta na mentira sempre erra
E ainda tem muita batalha nessa guerra
E pra você que me escutou
Eu fiz essa canção de amor
Pela coragem e pelo afeto que se encerra
No nosso peito, tanto amor por essa terra
E da esperança que toda verdade tem
O que é que vem?
O peão é cada um, o peão
O peão é todo mundo, o peão
Lula, peão
Presente, peão
Credits
Writer(s): Alexandre Lemos
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