Pato Preto

O pato preto de asa branca, já fez morada no brejão
Isso é sinal que a chuva vem
Que vai ter safra no sertão

O pato preto é da floresta, o paturi é do sertão
A minha vida é cardigueira, avoante, arribação
A minha vida é muito triste, é te esperar na solidão
Ah se eu soubesse que era assim
Eu juro, eu não casava não

Eu vou-me embora pro São Paulo
Vou arranjar uma viração
Depois te pego com as crianças, a sanfona e o violão

E os meninos tão bonitos, inocentes do sertão
E a danada dessa seca, ai meu Deus que judiação!
Leva nóis lá pra São Paulo, aqui não fico mais não

A minha vida é só tristeza, é desespero, é solidão
O Zeca foi lá pra São Paulo
Acho que não volta mais não

Era uma nuvem tão bonita, era uma rosa, era um balão
O camiranga deu uma volta, e sumiu na imensidão

Ô dandá, ô dandá
Ô dandá, ô dandá, ô dandá
Ô dandá

É na corda da viola, todo mundo samba
É na corda da viola, todo mundo samba
Todo mundo samba, todo mundo samba

É na corda da viola, todo mundo samba
É na corda da viola, todo mundo samba
Todo mundo samba, todo mundo samba



Credits
Writer(s): Antonio Carlos Jobim
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