Sol da Meia Noite

Foi e é muito difícil eu sei
Não vou me afundar
Já me precipitei tentando camuflar
Hoje cubro esse vazio que deixei passar
ecoando em minha cabeça pra me atordoar
Eu quero respirar, mas minha angústia vem com drama
Dá nó na jugular e passa pelo termograma
Ontem eu sonhei, nem sei se acordei
Se o medo é o sucessor, minha insegurança inflama
Essa dor não vai dar fama, venda um sentimento impresso
Pra que contar mentira e caminhar pra o retrocesso?
Triste fim, viver assim: impedido de ver Deus cego pelo próprio ego
Às vezes eu me entrego,
me desligo do universo, eu sou humano falho e controverso
Emocional nem sempre eu to certo
O que cê quer de mim? impossível ser completo
A vida é um paralelo e a morte um fato, depressão te leva leve
Homeopático, estagnado, desmotivado século xxi contaminado
O sol se foi mais cedo antes do horário orar se tornou caro pelos
honorários Quanto é dez por cento de dez
centavos?! A informação chegou bem antes dos noticiários
Me sinto bem mais velho, o tempo passou rápido
O clima variável quase insuportável
Forte atração,
não posso ter contato meu coração tão frio, decepcionado
Se eu chego perto fico entusiasmado sentimento
antigo que foi apagado, fui desafiado e consolado
Ela é o sol da meia noite nua no meu quarto
(Lunick Athor)
O sol está tão longe,
mas eu sinto arder saliva do céu cai mas eu não sinto mais chover
Seu suspiro queima a pele, me faz perder o ar
Lua volte, traga o frio e a escuridão quer te abraçar
Meus lábios derretem tocando o seu mar
Infinitos mórbidos olhos querendo me afogar
Sufocando aos poucos tento me libertar
Braços com brasa fervente tão quente me abraça e me deixa queimar
Volta lua, volta prefiro sua frieza pra me acalmar