Vidas em Português
Feito o efeito de uma dor no peito
E respirar já não dá mais jeito
Mesmo sabendo que o caminho é estreito
Correr pelo certo é o seu maior direito
E ela partiu mata adentro como se fosse em busca
Flecha certeira ao centro de si mesmo, assusta!
É só o sol atravessando folhas, ofusca
Luz opaca, bruta, força brusca
Paralisada ao centro da floresta
Pelos fantasmas que travam seus dias
Contesta e seca o suor na testa
Pergunta-se, acalma-se
Por que é que tu judias?
É a ciência da consciência
Último índio que andava ali
Ela repensa a sua descrença
Compensa aos olhos, era só um curumim
Disseram um ao outro
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
Às vezes parece Agostinho da Silva e sua filosofia
Ou um documentário do Victor Lopes
Um romance preso à poeira do tempo
Senhora, Clara dos Anjos, Iracema
Literatura de Clarice
Canto de Jesus, Clementina
É que lutamos contra a morte todos os dias!
É a vida de Conceição Evaristo no semblante
De Nossa Senhora Aparecida
E na hora que o amor banhar-se em águas rasas
Crianças corram logo para as suas casas
O acaso nem sempre estende asas
Bala perdida sempre tem abrigo no brejo-das-almas
Destroi, distrai, atroz, atrás, a voz, a sós, os nós, a paz
Leva pra outros mares, outros lares, outros ares
A verdade sufoca, sujeira em cada nota
Longe da praia, sol de Pavuna
Vendo o futuro? Certeza nenhuma
Zungueiras de Angola, mutiladas na Guiné
Mães de Acari, Candelária, Praça da Sé
Pássaro vadio, fora do bando, longe do ninho
É o velho que olha a prole, o ciclo
Susurra em pensamento
E antes dela embrenhar-se mata adentro disseram um ao outro
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
Língua
Vidas em Português
Vidas em Português
Língua
Vidas em Português
Vidas em Português
Língua
Vidas em Português
Vidas em Português
Língua
Vidas em Português
Vidas em Português
E respirar já não dá mais jeito
Mesmo sabendo que o caminho é estreito
Correr pelo certo é o seu maior direito
E ela partiu mata adentro como se fosse em busca
Flecha certeira ao centro de si mesmo, assusta!
É só o sol atravessando folhas, ofusca
Luz opaca, bruta, força brusca
Paralisada ao centro da floresta
Pelos fantasmas que travam seus dias
Contesta e seca o suor na testa
Pergunta-se, acalma-se
Por que é que tu judias?
É a ciência da consciência
Último índio que andava ali
Ela repensa a sua descrença
Compensa aos olhos, era só um curumim
Disseram um ao outro
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
Às vezes parece Agostinho da Silva e sua filosofia
Ou um documentário do Victor Lopes
Um romance preso à poeira do tempo
Senhora, Clara dos Anjos, Iracema
Literatura de Clarice
Canto de Jesus, Clementina
É que lutamos contra a morte todos os dias!
É a vida de Conceição Evaristo no semblante
De Nossa Senhora Aparecida
E na hora que o amor banhar-se em águas rasas
Crianças corram logo para as suas casas
O acaso nem sempre estende asas
Bala perdida sempre tem abrigo no brejo-das-almas
Destroi, distrai, atroz, atrás, a voz, a sós, os nós, a paz
Leva pra outros mares, outros lares, outros ares
A verdade sufoca, sujeira em cada nota
Longe da praia, sol de Pavuna
Vendo o futuro? Certeza nenhuma
Zungueiras de Angola, mutiladas na Guiné
Mães de Acari, Candelária, Praça da Sé
Pássaro vadio, fora do bando, longe do ninho
É o velho que olha a prole, o ciclo
Susurra em pensamento
E antes dela embrenhar-se mata adentro disseram um ao outro
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
Nada é mais preto ou branco, o mundo é cinza
É que eu ando tão cansado
É que eu ando tão cansada
Língua
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Língua
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Língua
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Credits
Writer(s): Gabriel Marinho, Vinicius Terra
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