Matina

Hoje o dia acordou diferente
Nenhum problema na mente
Tempo pra fazer o que gosto
Dinheiro é suficiente
To com meus parças hoje
Todo mundo é contente,
Sente, o vento batendo na cara
Já ta florescendo a semente
De tudo que plantei
Pra ser melhor então reguei
Com sentimento bom
Exercendo meu dom, batalhei
Cá estamos, vivendo e aprendendo
Observando e absorvendo

Tudo que acontece,
Não tem mais rotina, não tem mais estresse
Tudo corre bem na selva de cimento,
Até penso no futuro, mas vivo o momento
Empresas se ligaram antes que fosse tarde
Se preocupam com sustentabilidade
Potencias mundiais, se movem pela paz
Tribos e etnias não conflitam mais

Tudo que acontece
Tudo que acontece
Tudo que acontece

Realmente tudo diferente,
Nada mais é urgente
Pessoas ajudam as outras
Não pensam só em seus parentes
Jovens são educados, não condicionados,
Não foi nada fácil, gente!
Programação não tem mais "tempo quente"
Olha que louco!
Descobrimos o sentido da nossa existência
Passar a mensagem, não fomos covardes
Buscamos igualdade pra todas as crenças
Continuo buscando atitude, virtude, humildade e vivência
Pra enxergar além do muro,
Conseguir ver o mundo com mais transparência.

Tudo que acontece,
Não tem mais rotina, não tem mais estresse
Tudo corre bem na selva de cimento,
Até penso no futuro, mas vivo o momento
Empresas se ligaram antes que fosse tarde
Se preocupam com sustentabilidade
Potencias mundiais, se movem pela paz
Tribos e etnias não conflitam mais

Tudo que acontece
Tudo que acontece
Tudo que acontece

Se não fosse tão covarde acho que o
mundo seria um lugar melhor pra viver.
Porque se tivesse coragem não aceitaria as
crianças passarem fome, frio e abandono nas calçadas,
essas que parecem fantasmas e nos
assustam nos semáforos com armas na mão.
Você acha que se realmente tivesse coragem aceitaria
uma pessoa subjugar a outra apenas pela cor da sua pele?
Do seu cabelo?
Sou um covarde diante da violência contra a mulher,
da violência do homem contra o homem que só no Brasil
são 50000 deles arrancados à bala do nosso pacífico país.
O que dizer sobre os homossexuais e mendigos que
são apedrejados nas calçadas das avenidas elegantes?
E porque os índios estão tão longe da minha aldeia?
não me importo que lhes tirem suas terras, sua alma, seus rios...
E analfabeto de solidariedade não sei ler sinais de
fumaça, eles fazendo guerra eu fumando o cachimbo da paz.
Não nasci na favela, mas meu coração é de madeira, fraco.
A lei é cega, mas acho que lhe fizeram
transplante de órgãos numa dessas votações secretas.
Assisto a falência da educação e o massacre contra os professores
e sei que muitas vezes o resultado de ensino de
qualidade mínima é presídio de segurança máxima.
Calado assisto a falsa democracia deste país ilegal,
sem alvará de funcionamento e sem licença pra ser pátria,
Perdoe-me por apenas ser poeta, e ter apenas poemas como arma,
sei que isso é muito pouco, quase nada.
O Mundo até gosta das pessoas
neutras, mas só respeita as que tem atitude.
Se não posso mudar o mundo deveria a mudar a mim mesmo.
Acho que é isso que vou fazer agora.
Antes que seja tarde.

Salve SERGIO VAZ
Poeta das periferias, que seus poemas sejam ouvidos
e eu possa realizar o sonho de cantar só a primeira parte.



Credits
Writer(s): Marios Psimopoulos, Evi Droutsa
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