Ciática

Deságua nas frestas do teu rosto.
Nas rugas da tua testa.
Nos pelos, no cheiro,
no gosto.
Na palavra pelo avesso.
Não passa
pelo crivo da razão.
A boca cala,
o corpo não.
A boca cala,
o corpo não.
A boca cala,
o corpo não.

Escorre, no branco da memória.
Na luz negra da garganta
A carne viva da palavra
Espreita pelo céu da boca.
Desemboca na ciática
e de lá pro coração.
A boca cala,
o corpo não.
A boca cala,
o corpo não.
A boca cala
o corpo não.

Deságua nas frestas do teu rosto.
Nas rugas da tua testa.
Nos pelos, no cheiro, no gosto.
Na palavra pelo avesso.
Não passa pelo crivo da razão.
A boca cala,
o corpo não.
A boca cala,
o corpo não.
A boca cala,
o corpo não.



Credits
Writer(s): Guilherme De Almeida Fleming
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