Canto Luso

canto o tema da memoria de um povo inventado
áquem tejo camponês, ribeirinho, operário

traz os montes devastado pela noite da fome a
salto conto a cêna e o martírio do meu país adiado

que para não calar eu digo com esta voz com que falo e canto
que só nos resta abordar no alto mar o barco no alto mar o barco

em busca do bojador, oriente, adamastor
a pretexto da fé, especiarias, suor, caravelas com café

deram em troca por metais, panos,
missangas tanto que trocaram o curandeiro pela imagem de um santo
diferente dos demais na equipagem de dor dos
gamas e dos cabrais, dos gamas e dos cabrais

e em terras de vera cruz continuaram a epopeia desta
língua sofrida pau brasil mulata amiga, semba, ritmo, carnaval

o filho américa, a mãe áfrica,
pai latino nascido em portugal meu destino
que para não calar eu digo com esta voz com que falo
e canto que só me resta prantar neste lugar de encanto
em que vivendo eu sigo cantando a
nossa história nesta cantiga de amigo



Credits
Writer(s): António Cabós, Davide Zaccaria, Firmino Pascoal
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