Intro Força

Força!

Em meio às cinzas do novo milênio
Novos deuses, novos gênios
Além do topo
Onde é rarefeito o oxigênio

Jogado em alguma esquina do mundo real
Tento acreditar que isso tudo é real
Neuroses na cabeça de alguém
Fazem conhecidos partirem sem dar tchau
Meu mano vê legal

No ápice da sua Força, tu se torna mais fraco
A completude te faz se sentir opaco
A fama se torna um obstáculo
Mas o que fazer quando o Sucesso foi cantado pelo oráculo?
Vejo o perigo de longe como um binóculos
E a nossa vitória tá a caminho
Independente do seu cálculo

Não tem como tu ser rei, se antes não for peão
Olhos fitam as chamas do lampião
Qual verdade que existe na ilusão do poder
E no poder da ilusão
E a vontade coletiva de ser campeão
O quê que move teu sonho?
A plenitude sincera do Amor
Ou o veneno que move o cifrão?

Nova era é um processo particular
Antes de se tornar algo coletivo
Tu pergunta se ainda vou continuar
Me pedindo pra eu te dar algum motivo
Meu mano eu te dou mil motivos
Mil mixtapes, EPs e LPs
Em agradecimento ao fato de ainda estar vivo
E isso é só uma intro

Um aperitivo da fome que eu tenho, eu vomito
Se eu me sujo, em sequência eu me limpo
Isso aqui pode ser um inferno, um céu ou um limbo
É um labirinto tão lindo
É o preço do acesso restrito
É o acesso de graça na praça
É minha ode à minha tribo
Eu não quero 12 discípulos
Te digo o que eu prefiro
Que cada um desses 12
Seja seu próprio Messias
Viva além das profecias
Do efeito da vaidade tão vazia
Traga mais calor pra essas almas tão frias
Enquanto minha alma esvazia
Sentimento em Ritmo e Poesia

Em formato de um disco
Minha Vida e o risco
E a promessa que cria
Do cria promessa
Que vence sem pressa
Música é a minha conversa
Meu jeito de conversar com o Universo
De admitir os meus erros
E me redimir perante a eternidade
Rumo à rota da imortalidade
Aprendendo de dentro de um corpo de carne
Matéria sublime sublima a individualidade
Se for preciso nós vai fazer alarde
Avisa
Avisa lá
Avisa lá!