Só Me Resta Recordar o Passado
Minha infância não tem mais quem ajeite
Para eu ser um menino que brincava
Com a pipa de plástico que faltava
Colocando na capa todo enfeite
Que da vaca que tirava leite
Sem botar no curral igual a gado
E o bezerro que nem era chiqueirado
Porque era de osso e não corria
Como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
A infância da minha história eu narro
Que enjoei de jogar pedra em ciclista
E pra moeda eu ganhar de motorista
Eu cansei de abrir portão pra carro
Apostando carteira de cigarro
Todo dia eu jogava kil e dado
E no dinheiro que eu tinha acumulado
Uma nota rasgada eu não queria
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Hoje choro lembrando o tempo inteiro
Do meu rancho encostado no velame
Do anzol fabricado de arame
Com que eu peguei sapo no terreiro
Na garagem, no pé de juazeiro
O meu carro de flandre enferrujado
Que através de um barbante era puxado
E a zuada era eu mesmo que fazia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Eu não nego que vem recordação
Que o toca foi minha brincadeira
O apito de casca de madeira
Um cavalo, uma vara de cordão
Um pedaço de pano era um gibão
Que era leve, melhor de ser usado
O de couro era grande e mais pesado
Eu pequeno sem força não podia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Mas de todas a que eu mais gostava
Era jogar bola de meia no terreiro
E peteca eu jogava o tempo inteiro
E de peão a gente também brincava
E um pano nos olhos amarrava
Pra brincar de cobra cega no cercado
E o anel de mão em mão era passado
Quando à noite a gente se reunia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Ainda tem o milingoto e lacoxia
Que a onda era passar de pai pra filho
E com o carro feito de talo de milho
A gente brincava todo dia
E a boneca que a minha irmã fazia
Era de pano e o cabelo bem cuidado
De uma espiga de milho era tirado
E botava o nome dela de Maria
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Choro sempre que volto a assistir
No meu cérebro a lembrança mais profunda
Que papai ia pra feira na segunda
E mãe pedia pra algo eu lhe pedir
E ao invés de uma calça pra vestir
Eu pedia um rimam já transformado
Um boneco vestido de soldado
E pai comprava do jeito que eu pedia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Mas como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Para eu ser um menino que brincava
Com a pipa de plástico que faltava
Colocando na capa todo enfeite
Que da vaca que tirava leite
Sem botar no curral igual a gado
E o bezerro que nem era chiqueirado
Porque era de osso e não corria
Como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
A infância da minha história eu narro
Que enjoei de jogar pedra em ciclista
E pra moeda eu ganhar de motorista
Eu cansei de abrir portão pra carro
Apostando carteira de cigarro
Todo dia eu jogava kil e dado
E no dinheiro que eu tinha acumulado
Uma nota rasgada eu não queria
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Hoje choro lembrando o tempo inteiro
Do meu rancho encostado no velame
Do anzol fabricado de arame
Com que eu peguei sapo no terreiro
Na garagem, no pé de juazeiro
O meu carro de flandre enferrujado
Que através de um barbante era puxado
E a zuada era eu mesmo que fazia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Eu não nego que vem recordação
Que o toca foi minha brincadeira
O apito de casca de madeira
Um cavalo, uma vara de cordão
Um pedaço de pano era um gibão
Que era leve, melhor de ser usado
O de couro era grande e mais pesado
Eu pequeno sem força não podia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Mas de todas a que eu mais gostava
Era jogar bola de meia no terreiro
E peteca eu jogava o tempo inteiro
E de peão a gente também brincava
E um pano nos olhos amarrava
Pra brincar de cobra cega no cercado
E o anel de mão em mão era passado
Quando à noite a gente se reunia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Ainda tem o milingoto e lacoxia
Que a onda era passar de pai pra filho
E com o carro feito de talo de milho
A gente brincava todo dia
E a boneca que a minha irmã fazia
Era de pano e o cabelo bem cuidado
De uma espiga de milho era tirado
E botava o nome dela de Maria
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Choro sempre que volto a assistir
No meu cérebro a lembrança mais profunda
Que papai ia pra feira na segunda
E mãe pedia pra algo eu lhe pedir
E ao invés de uma calça pra vestir
Eu pedia um rimam já transformado
Um boneco vestido de soldado
E pai comprava do jeito que eu pedia
E como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Mas como infância não tem segunda via
Só me resta recordar o passado
Credits
Writer(s): Acrizio De França, Judivan Macêdo
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