Buceta Bradesco

A Buceta Bradesco se chama Bia
Em caso de fome será que atenderia?
É aberta por fora e fechada por dentro
Um mistério profundo, um sonho, um pesadelo

Nos abismos do céu
Num pedaço de mar
Nos barracos da cidade

Dentro do coração
No interior do sertão
Nas senzalas, no senado

A Buceta Bradesco faz pompoarismo
Clã de sereias todas famintas
Quem escuta seu canto não fica ileso
A sua voz soa a todo momento

Nos buracos, nos vãos
No brilho dos salões
Nos atalhos, nas esquinas

Nos desvãos da canção
No outro lado do rio
Nas ruínas, nas favelas

A Buceta Bradesco é um buraco negro
Tem gosma, tem sangue, tem cheiro, tem pêlo
O seu coração é uma cloaca
Um buraco no meio e o vazio dentro

Na Avenida Brasil
Ou debaixo do chão
Nas vitrines, nas estrelas

Nas celas das prisões
Diante da TV
Internet, Netflix

A Buceta Bradesco parece cinema
Às vezes exílio, às vezes nonsense
Ela tem uma coisa que não transparece
Um sorriso nos lábios, um riso entre os dentes



Credits
Writer(s): Rogerio Tolomei Teixeira
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