No Meu Tempo
No meu tempo não era assim
No meu tempo não era assado
Saudades do que não vivi
Caso ou descaso, coisas do acaso
Futuro de olhos pro passado
Meio século de existência
Não sei se bem ou mal vividos
Só sei que idos, doídos
Sempre estarei no meu tempo
Porque o meu tempo é este
Tempo em que vivo
As horas me escapam entre os dedos
As areias da ampulheta já me sufocam
Os papos que rolam já não têm nada a ver comigo
Não aplacam minha ânsia de saber mais
Já me enchem o saco as coisas aprendidas
As querelas sobre a imortalidade da alma
Os dias perdidos em discussões sobre a relação, política, futebol
Escrevo no PC, com saudade da máquina de escrever
Aquela máquina em que rascunhei meus poemas adolescentes
Uma adolescência de outro tempo, agora sei
Meu diploma de datilografia na parede acusa meu tempo fora do tempo
Sou um homem imprensado entre dois séculos
Minhas gírias são de outro tempo
Não pertenço à tecnologia, à blogosfera
Não sei escrever como os internautas
Faço questão de pontos, vírgulas, clareza
Minha insistência na 'cibercultura'
Deve-se ao leve desespero de me manter no tempo
Sou um dinossauro deitado na rede ouvindo discos de vinil
Sinto em mim e em alguns dos meus companheiros de um remoto tempo
Que meus valores carcomidos pelo tempo não estão fora de moda
Jamais estarão fora do tempo
Ainda penso em respeito ao próximo, amizade, lealdade
Coisas que as pessoas deste tempo estão perdendo
Na velocidade superficial dos 'facebooks' da vida
Chega, passou tempo demais e a canção tem que terminar
Porque neste tempo a canção tem que terminar
Tem que terminar
A canção tem, tem que terminar
A canção tem que terminar
A canção tem, tem, tem que terminar
Tem que terminar
A canção tem, tem que terminar
Tem que terminar
No meu tempo não era assado
Saudades do que não vivi
Caso ou descaso, coisas do acaso
Futuro de olhos pro passado
Meio século de existência
Não sei se bem ou mal vividos
Só sei que idos, doídos
Sempre estarei no meu tempo
Porque o meu tempo é este
Tempo em que vivo
As horas me escapam entre os dedos
As areias da ampulheta já me sufocam
Os papos que rolam já não têm nada a ver comigo
Não aplacam minha ânsia de saber mais
Já me enchem o saco as coisas aprendidas
As querelas sobre a imortalidade da alma
Os dias perdidos em discussões sobre a relação, política, futebol
Escrevo no PC, com saudade da máquina de escrever
Aquela máquina em que rascunhei meus poemas adolescentes
Uma adolescência de outro tempo, agora sei
Meu diploma de datilografia na parede acusa meu tempo fora do tempo
Sou um homem imprensado entre dois séculos
Minhas gírias são de outro tempo
Não pertenço à tecnologia, à blogosfera
Não sei escrever como os internautas
Faço questão de pontos, vírgulas, clareza
Minha insistência na 'cibercultura'
Deve-se ao leve desespero de me manter no tempo
Sou um dinossauro deitado na rede ouvindo discos de vinil
Sinto em mim e em alguns dos meus companheiros de um remoto tempo
Que meus valores carcomidos pelo tempo não estão fora de moda
Jamais estarão fora do tempo
Ainda penso em respeito ao próximo, amizade, lealdade
Coisas que as pessoas deste tempo estão perdendo
Na velocidade superficial dos 'facebooks' da vida
Chega, passou tempo demais e a canção tem que terminar
Porque neste tempo a canção tem que terminar
Tem que terminar
A canção tem, tem que terminar
A canção tem que terminar
A canção tem, tem, tem que terminar
Tem que terminar
A canção tem, tem que terminar
Tem que terminar
Credits
Writer(s): André Macleuri, Marcelo Carvalho, Ronaldo Rodrigues
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