No Turno

Armo a viatura com calibre 12 e fuzis
Ruas são frias tipo Frozen, Resident e os Zumbis
Usam civis como escudo, nós usamos só colete e a fé
No peito com super dosagens de cafeína

Sobe a colina a pé, que a rapa espanta
Quem trafica cocaína e quem compra, são os pilantras
Levanta da esquina um bruto armado de metranca
Com visão de ave de rapina, se tem flagra vai pra tranca

É taticão que cobre a área de todo o batalhão
Tá na mão esse mandado de busca e apreensão
Ofício 45 Guartelá, bota na porta
Invoca Tobias de Aguiar e os espíritos da Rota

Bater coturno tempo noturno, no turno a tradição
Fala que é aluno dia oportuno de aprender subtração
Chama Neptuno para o apoio as Tango Mike em comboio
Sem alteração isso é só um dia normal de Taticão

O turno batendo bota, desce grota, sobe morro
Sem ter foro e privilégio, eu sou o socorro
Se é na mão, vamos na mão, olho por olho até a morte
Pra ladrão sou a escuridão, pra cidadão sou a sorte

Não me escondo atrás da farda, estou na pista paisano
Me acompanham duas dragas, cospe fogo pelo cano
Hermano tu queres guerra? Então vê se não erra
Que não erro e encerro te mandando pro inferno

A morte não é mistério a voz dela até acostuma
Não quero morrer um velho, sem fazer porra nenhuma
Meu corpo não é eterno não preciso ser vidente
Pra saber que a morte vem, em tiros, em acidente

Ou doente pro necrotério meu império aqui apluma
Com semblante sério, acelero a Rapa feito Puma
Espero que ele não suma na boca de fumo
Arrumo para o desembarque, prender vida loka acustomo

Feito Greta ela grita, essa marmita de bandido
Olha da greta do xadrez quem das ruas foi banido
Filma minha cara feia e vê se guarda de lembrança
Sou PapaMike, leia e venha buscar vingança

Quer saber o segredo? Te conto, preste atenção
Medo de retaliação? Não, eu teria outra profissão
Eu tenho arma, tenho dedo, e muita disposição
Sei que tu corre do perigo que eu corro em direção

A cada estampido aflito, grito de prioridade
Alguém usa um terno bonito imagem pra reportagem
Sem Grammy ou Grêmio, me indica para o Nobel
Da guerra e truculência junto com o Tático Móvel

O nível Casca Grossa na roça de caipira
O Pila de Pirapora pira com a mira do Tira
Pula na tora, vira na hora, atira, toma chumbo na ira
Agora chora a tia na via, ora, vira santo o Pila

Armo a viatura com calibre 12 e fuzis
Ruas são frias tipo Frozen, Resident e os Zumbis
Usam civis como escudo, nós usamos só colete e a fé
No peito com super dosagens de cafeína

Sobe a colina a pé, que a Rapa espanta
Quem trafica cocaína e quem compra, são uns pilantras
Levanta da esquina um Bruto armado de metranca
Com visão de ave de rapina, se tem flagra vai pra tranca



Credits
Writer(s): Mathiolli Goncalves Costa
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link