O Silêncio dos Inocentes

"Próxima estação: Dor"

Enjaulado em minha mente, observo o movimento
Pessoas indo e vindo, não há sentimentos
Só lamentos
Vivem atrasadas, psicopatas

Todo dia eu visto mais um rosto de pele
Disfarço minha minha dor e a vida que segue
Mas até quando tudo isso vai durar?
Me tornei um sociopata, vou me matar

Eu sinto o gosto da vida
É só um baquete suicida
E eu vou lhe devorar

Minha balaclava de pele
Eles vão ter o que merecem
Vão morrer desconhecidos

"Durante o embarque, dê passagem a idosos, gestantes e assassinos"

Escondo o meu rosto porque já fui assassino
Vi meu primeiro cadáver quando ainda era menino
Um passado atormentado e um futuro sem destino
Sinto que estou perdido em um labirinto com espinhos

Esfolando a minha pele procurando a minha essência
Já morri 70 vezes pra aumentar minha vivência
Angustiado todo dia, só focado na doença
A morte é um alivio porque a vida é minha sentença

Mente transtornada
Tristeza calejada
Heroína injetada
Eu não sou nada

Sentei na última fileira
Cheirei a última carreira
Subi na última cadeira
E fiz minha última besteira



Credits
Writer(s): Lucas Ramos Alves, Mauricio Pereira Do Nascimento
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