Iguais

A tua diferença não te conta
Que sim, ela conta
E assim, passará

A tua diferença não te conta
Que sim, ela conta
E assim, passará

Pele, olhar, gênero, gesto,
Ser sentimental, capaz...

O que é ser normal?

Ter pressa, coerência, ter religião?
Ter vontade, gosto igual?
Ser padrão?

Ser dona de si
Ser escravo do mundo das ideias?

Ser forte, insuficiente
Ser alguém incompetente

Um pássaro livre sem asas

Voar preso ao chão
Calar a vontade
Ver o lado do sim, o lado do não

Ser modesto no excesso?
Eterna contradição
Eterna contradição
Eterna contradição

Da língua falada
Que prova por si
Pois quando se cala,
Mais poder tem que a fala

Do pouco que expressa,
Sente a promessa

Que pulsa latente
Que luta inclemente
E mascara a verdade
Então diz, sociedade:
É o que, mesmo?

Sou igual, surreal, virtual, natureza
Sou igual, surreal, virtual, natureza

Sou humano

Menos pouco
Pouco mais
Só palavras reverbero
Frágil voz presa ao vento
Frágil voz presa ao vento

Das verdades absolutas
Do poder à diferença
Que é só nome João, José,
Maria, Avaré

Fronteira

O recorte da razão
Imaginária traça
A diferença na tua cabeça
Você pode crer!
Julga a sentença

E tudo bem,
Igual sou a você e me completo
Tudo bem,
Igual sou a você, te completo

Igual sou a você
Igual sou a você



Credits
Writer(s): Gabi Doti
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