Encruzilhada

"Aquele amor que guarda a casa é meu." - Esù
Ah, que essa dor, feita rancor
Que vergasta e afaga o breu
Lave o sabor amargo dessa estrada
Que mal vi delir sob os pés
Dissolver-se em memórias de um
Doppelgänger de olhar estático e exausto
Que mal podia se escorar e insistiu em carregar
Trançando as pernas, a velha âncora ao asfalto
Deixo a má água escorrer, que não desisto
Deixo o fogo levar, não me permito cair
Deixo a terra engolir, se sangrar até a última gota de mim
Deixo romper o ar
Encruzilhada da vida
Sagrada porta lava a minha alma e faz
Em pó arder a casca vil
Que me acorrenta a pior versão de mim

Que nu estou a aceitar a tempestade e o luar
Batendo espadas rompendo o "estar"
Inimigo do meu eu - que "É"
Que arranco da carne com os dentes
E cuspo a face a que jamais ouse retornar

Èsú wa jú wo mòn mòn ki wo Odára
Laróyé Èsú Wa jú wo mòn mòn ki wo
Odára Èsú awo
Èsú wa jú wo mòn mòn ki wo Odára
Laróyé Èsú Wa jú wo mòn mòn ki wo
Odára Èsú awo
Encruzilhada da vida
Sagrada porta lava a minha alma e faz
Em pó arder a casca vil
Que me acorrenta a pior versão de mim

Me dá pés para caminhar
Me dá pernas para correr
Que o jardim que hei de cuidar
Não deixarei perecer
Me dá fé para cruzar a jornada do meu ser
A que eu tenha força sempre e sempre siga pra vencer



Credits
Writer(s): Fabio Luiz Altro Soga
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